A manicure Suzana do Carmo Oliveira Figueiredo que confessou ter matado o garoto João Felipe Eiras Bichara, de seis anos, foi condenada a 32 anos de prisão, em regime fechado, pela 1ª Vara da Comarca de Barra do Piraí, no interior do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (12). Suzana foi condenada pelos crimes de extorsão mediante sequestro com resultado morte e por ocultação de cadáver, segundo o jornal Extra.
De acordo com o Ministério Público, João Felipe foi sequestrado pela manicure em 25 de março de 2013. Depois de pegá-lo no colégio, fazendo-se passar por mãe do menino, Suzana o levou para um hotel. Apesar de usar um disfarce, a manicure foi reconhecida pelo garoto.
“Dei um remédio (sedativo) para ele dormir. Ele não dormiu, nem deu sinal de sono. Foi aí que peguei a toalha no banheiro. Ele me perguntou: ‘Cadê minha mãe, tia Suzana?’. Apesar dos óculos escuros, do aplique no cabelo, ele me reconheceu. Fui tola em imaginar que isso não aconteceria. Não sei quanto tempo durou, mas pus a toalha três vezes no rosto dele”, contou Suzana após ser presa.
Depois de matá-lo, a manicure pediu ao recepcionista do hotel que chamasse um táxi, pois o menino estaria dormindo. O funcionário ainda a ajudou a carregar a mochila de João Felipe e a bolsa dela, enquanto a manicure descia um andar com o menino no colo. Ao chegar em casa, Suzana levou a vítima para seu quarto.
O corpo foi encontrado pela polícia dentro de uma mala na casa da manicure. Suzana confessou que tinha a intenção de sequestrar o menino e pedir R$ 300 mil para a família como resgate.
“A extorsão mediante sequestro se trata de crime formal e de natureza permanente, consumando-se no momento em que a vítima é privada de sua liberdade, independente da efetiva exigência de vantagem para o resgate, bastando que a conduta constrangedora do agente tenha sido motivada pela intenção de obter o indevido benefício econômico”, destaca a decisão.
Correio da Bahia