O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), informou a integrantes do PP na noite desta segunda-feira que decidiu revogar sua própria decisão de anular a sessão da Câmara que abriu o impeachment de Dilma Rousseff.
Em documentos publicados pela revista Época, a decisão está assinada, mas só tem valor depois de publicada, o que deve acontecer nesta terça-feira, segundo ele informou a deputados. Maranhão tinha relatado a interlocutores o receio de, por causa da decisão, ser expulso do PP e, consequentemente, perder seu mandato.
Na tarde desta segunda-feira, a dois dias da votação da admissibilidade do impeachment pelo plenário do Senado, o presidente interino da Câmara, o deputado Waldir Maranhão anulou as sessões do impeachment da presidente Dilma Rousseff, atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na tarde desta segunda-feira que a Casa vai ignorar a decisão do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão, de anular a sessão que autorizou a continuação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou que a posição de Maranhão é “ilegal” e “intempestiva”.
O recuo de Maranhão é um revés para Dilma, que pretendia usar a decisão de Maranhão para pedir ao Supremo que paralisasse o rito do impeachment.
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