Maxi Biancucchi foi o maior destaque do BaVi do último domingo. Não em campo, nem pelo futebol apresentado. O reencontro do atacante com a torcida do seu ex-clube, o Vitória, não foi nada carinhoso. Assim que entrou o em campo, os rubro-negros se empenharam em gritar, cantar e destilar xingamentos contra o argentino.
Com sentimento de abandono e traição, a torcida do Leão não aliviou e permaneceu vaiando Maxi a cada passe. Sem se abalar, o jogador ignorou os gritos e provocou, coçando a orelha diversas vezes, como se tivesse ouvido um “zumbido”.
Sem se preocupar com a raiva dos rubro-negros, Biancucchi conversou com o Correio24Horas e falou sobre o reencontro e sobre o seu primeiro BaVi com a camisa vermelha, azul e branca. “Esse tipo de reação é normal. Faz parte do futebol e do que aconteceu nesse pouco tempo em que eu vim para o Bahia. Estou tranquilo, não ligo para a torcida do Vitória ou para as vaias. Preciso melhorar é o meu futebol, que está abaixo do que eu posso render. Estou lutando contra a minha parte física, mas estou tranquilo”, disse.
Embora não se importe, Maxi admitiu que não sabia que era tão odiado pela torcida do seu ex-clube. “Não esperava essa reação. Sabia que ia acontecer, mas não nessa intensidade. O profissional precisa estar preparado para isso. Não tenho nada contra o Vitória. É um capítulo encerrado, uma página virada na minha vida, qualquer coisa que envolva o clube ficou lá atrás. Só penso no Bahia e é com essa camisa que eu quero fazer história”, garantiu.
O maior vilão de Maxi, no entanto, não está nas arquibancadas. Sem conseguir repetir o bom futebol da temporada de 2013, o atacante ainda não marcou nenhum gol pelo Tricolor. Uma das principais dificuldades para chegar ao gol, segundo ele, é o esquema adotado pelo treinador Marquinhos Santos. “Aqui é outro esquema, são outros jogadores. Cabe a mim me adaptar rápido. Não é fácil, mas trabalho para isso e treino muito. Preciso conhecer melhor as características dos companheiros, que são muito qualificados”, explicou.
Maxi Biancucchi chegou ao Bahia no início da temporada. Em 2013, o atleta, se consagrou um dos artilheiros do clube rubro-negro e ídolo da torcida, mas entrou em conflito com a diretoria do Vitória e optou por se desligar do clube.
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