O medicamento Truvada – combinação de dois antirretrovirais usados para tratar pessoas com HIV desde 2004 – ainda é rejeitada nos Estados Unidos, mesmo tendo sido aprovado, há 18 meses, como terapia profilática pela FDA (agência reguladora de remédios no país). Segundo a Gilead Sciences, que fabrica a droga, 1.774 pessoas compraram Truvada nos EUA para prevenção contra o HIV entre janeiro de 2011, quando esse uso ainda era fora das recomendações da agência, e março de 2013.
Quase metade das receitas era de mulheres. De acordo com o fabricante da droga, o tratamento preventivo carrega um estigma entre os gays, inclusive com um termo pejorativo para o usuário: “Truvada whore” (prostituta de Truvada, em inglês). Efeitos colaterais, como perda de densidade óssea, apesar de raros, também preocupam. Como as drogas atuais baixam os níveis virais nos infectados, diminuiu entre os jovens a percepção de que a profilaxia seja necessária. No Brasil, o tratamento ainda está em fase de testes.
BN