O Câncer é uma doença que atinge a milhões de brasileiros. Através da conscientização e debates sobre o assunto é possível reduzir o número de casos. O médico colo-proctologista da Unimed Vale do São Francisco, Fabio Freire Almeida Silva, fala sobre um tipo específico de câncer, o colorretal, e tira as principais dúvidas.
Segundo o especialista, o câncer colorretal são tumores que afetam o intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. “Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos”, comenta Silva.
“Esses tumores podem ser detectados precocemente através de dois exames: pesquisa de sangue oculto nas fezes e principalmente a colonoscopia, um exame de imagem que vê o intestino por dentro. Pessoas com mais de 50 anos devem submeter-se a uma colonoscopia para prevenção e detecção precoce da doença”, complementa o colo-proctologista.
Para prevenir a doença, o profissional indica uma dieta rica de vegetais e laticínios e pobre em gordura, principalmente a saturada, além de fazer atividade física regular. “Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da doença, como idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), baixo consumo de cálcio, além de obesidade e sedentarismo”, explica o médico.
A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os nódulos linfáticos, pequenas estruturas que fazem parte do sistema imunológico, próximos à região. Em seguida, a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é utilizada para diminuir a possibilidade de volta do tumor.
“O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas. O câncer colorretal tem cura e o sucesso do tratamento depende principalmente de um diagnóstico precoce” reforça e finaliza Silva.