A equipe médica que trata o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de 81 anos, decide nesta segunda-feira (16) se ele deixa a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Sarney correu risco de um infarto depois que se sentiu mal na noite de sexta (13), em Brasília, segundo Roberto Kalil Filho, que coordena a equipe de médicos.
O senador chegou ao hospital na tarde deste sábado (14), quando fez exames que detectaram o entupimento de uma artéria.
Na madrugada deste domingo (15) Sarney foi submetido a um cateterismo seguido de uma angioplastia. Segundo boletim médico das 12h30 de domingo, o estado de saúde do senador é “estável”. A expectativa é de que, mesmo que deixe a UTI, Sarney permaneça internado por cerca de uma semana.
O cateterismo é um exame feito por meio da introdução de um cateter em um vaso sanguíneo para chegar ao coração. Já a angioplastia é o desentupimento do vaso sanguíneo com o implante do “stent”, uma espécie de “molinha” colocada dentro do vaso.
Segundo Kalil, o stent, uma espécie de mola que é colocada para “abrir” a artéria durante a angioplastia, procedimento para desentupir o vaso sanguíneo, foi “muito bem colocada”. O procedimento, entre o exame e a angioplastia, levou cerca de uma hora, de acordo com o médico.
Kalil contou que Sarney sentiu um “sintoma estranho” na sexta e ligou para o médico, que aconselhou que fosse ao hospital para exames. O senador antecipou, então, o check-up marcado para esta quinta (19).
O médico afirmou que, há quatro anos, o senador realizou um cateterismo e que ele tem hipertensão, “o que exige atenção, já que o coloca entre indivíduos de fator de risco”.
Roberto Kalil também foi o responsável pelo tratamento contra o câncer, no mesmo hospital, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos telefonaram para o hospital para saber do estado de saúde de Sarney.