Médicos do Serviço Móvel de Urgência (Samu) de Salvador e servidores da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) estão com as atividades paralisadas por 24h, desde as 7h desta terça-feira (30).
Segundo informou a médica do órgão, Maria Tereza Rocha, só estão sendo atendidos casos de urgência ou que têm risco de morte. Os demais casos serão encaminhados para os postos da Secretaria de Estado de Assistência Social (SEAS).
De acordo com Rocha, a paralisação é para reivindicar melhores condições de trabalho, reajuste salarial e complemento de equipe, que atualmente está desfalcada. O grupo é composto por 48 médicos reguladores e 44 intervencionistas, quando o número deveria ser de pelo menos 60 de cada, segundo a médica.
Participam das negociações, os médicos do Samu de Salvador, o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) e a Secretaria de Saúde do Município (SMS). Segundo Maria Tereza, a última reunião foi realizada na terça-feira (23), mas os médicos não aceitaram a proposta do governo.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o órgão espera manter o diálogo na mesa de negociação, que ainda está em andamento. A assessoria disse ainda que a SMS “já apresentou propostas que refletem em melhores condições de trabalho, como reajuste das gratificações, pagamento de insalubridade, reforma da Central de Regulação e das bases descentralizadas”.
Paralisação dos Servidores da Sesab
Outra categoria que também parou as atividades por 24h a partir desta terça (30) foi a dos Servidores da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). A decisão foi tomada em assembleia da categoria realizada na quinta-feira (25), no Sindicato dos Bancários de Salvador.
A paralisação é para cobrar do governo a definição do valor do reajuste do salário, segundo a presidente do Sindsaúde da Bahia, Inalba Sontenelle, informou ao G1. O sindicato ainda disse que está programada uma manifestação nesta terça, às 10h, na Assembleia Legislativa, que fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Inalba garantiu que durante a paralisação, os serviços de urgência e emergência serão preservados. A mobilização estará centralizada nas unidades de referência e ambulatórios.
Em nota, o Governo do Estado afirmou que enviou na segunda-feira (29) à Assembleia Legislativa o projeto de lei que define o reajuste geral dos servidores públicos de 2,5%. Se for aprovado, o pagamento será retroativo ao mês de janeiro, e passa a valer na folha do mês de maio.