Mendes diz que ‘bandidos’ plantam boatos contra ele para atingir STF

Ministro vê ‘armação’ contra STF antes do julgamento do mensalão. Segundo ele, Lula faz papel de ‘central de divulgação’ dessas informações.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou na tarde desta terça-feira (29) que “gângsters” e “bandidos” estão plantando informações contra ele com o objetivo de atingir o Supremo Tribunal Federal. (Ao lado, ouça a primeira parte da entrevista dada por ele ao sair de uma sala no Supremo; em instantes, ouça a íntegra; abaixo, leia a íntegra da primeira parte da entrevista.)

Segundo Mendes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era uma “central de divulgação” dessas informações. O G1 consultou a assessoria de Lula, que informou que o ex-presidente não comentará as declarações.

Reportagem da revista “Veja” publicada no último final de semana relatou encontro entre Mendes e o ex-presidente no qual Lula teria supostamente pressionado o ministro com o objetivo de adiar o julgamento do mensalão. Em troca, segundo a revista, teria oferecido a Mendes proteção na CPI do Cachoeira, em razão de uma viagem do ministro a Berlim, em companhia do senador Demóstenes Torres. Segundo a revista, “boatos” davam conta de que a viagem teria sido patrocinada pelo bicheiro. Mendes disse que viajou com recursos próprios. Demóstenes afirmou que não viajou junto com o ministro.

“Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Até trouxe para vocês para vocês [documentos] para encerrar esse negócio. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsters. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos. Bandidos. Bandidos que ficam plantando essas informações”, declarou Mendes em conversa com jornalistas no Supremo Tribunal Federal.

Mendes apontou a existência de uma “armação” com o objetivo de atingir o STF, que deve julgar ainda neste ano o processo do mensalão, escândalo de suposta compra de apoio político de parlamentares durante o governo Lula.

“Claro que isso é uma armação, obviamente. Mas não é para me atingir. As minhas posições em direito penal vocês conhecem. Era para atingir o tribunal, criar um clima de corrupção geral, era esse o objetivo”, declarou.

Indagado se Lula tinha relação com isso, ele afirmou que recebeu “notícias” de que o ex-presidente era uma “central de divulgação” dessas informações.

“Ele [Lula] recebeu esse tipo de informação. Gente que o subsidiou com esse tipo de informação e ele acreditou nela. Vamos encerrar com isso” declarou.

Perguntado se Lula estava repassando essas informações, Mendes afirmou: “As notícias que me chegaram era que sim. De que ele era a central de divulgação disso. O próprio presidente”.

Mendes admitiu ter viajado duas vezes para Goiânia em aeronaves disponibilizadas por Demóstenes Torres. De acordo com o ministro, uma das viagens foi na companhia de Jobim e do ministro do STF Antônio Dias Toffoli. Na ocasião, em 2010, os três teriam participado de um jantar na capital de Goiás.

Na segunda viagem a convite de Demóstenes, detalhou o ministro, ele foi paraninfo de uma formatura. Mendes afirmou que Toffoli e a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Fátima Nancy Andrighi o acompanharam no voo.

“Vamos dizer que o Demóstenes me oferecesse uma carona num avião, se ele tivesse. Teria algo de anormal? Eu fui duas vezes a Goiânia a convite do Demóstenes. Uma vez com Jobim e Toffoli. E outra vez com Toffoli e a ministra Fátima Nancy. Avião que ele colocou à disposição. Tudo combinado e muitos de vocês já ouviram. Tenho tudo anotado. Era avião da empresa Voar. Foi tudo combinado, público. Eu não estava escondendo nada. Por que esse tipo de notícia? Vamos dizer que eu tivesse pego um avião se ele tivesse me oferecido? Eu tinha algum envolvimento com o eventual malfeito dele? Que negócio é esse? Grupo de chantagistas, bandidos. Desrespeitosos”, declarou o ministro.

Entrevista

Confira abaixo a transcrição dos oito primeiros minutos da entrevista de Gilmar Mendes:

Pergunta – Como fica essa história que o ministro Jobim disse, que não teve esse teor de conversa exatamente como o senhor falou? Um diz uma coisa, outro diz outra.

Se eu fosse Juruna eu gravava a conversa, né? Ficaria interessantíssimo.

Pergunta – O que o senhor acha da situação toda? Leu a Carta Maior? A informação de que o senhor teria viajado num jatinho?

Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Até trouxe para vocês para vocês [documentos] para encerrar esse negócio. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gangsters. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos. Bandidos. Bandidos que ficam plantando essas informações. Vocês se lembram do Gilmar de Mello Mendes [em 2007, o nome “Gilmar de Melo Mendes” apareceu em uma suposta lista da Polícia Federal de suspeitos de receber “presentes” da empresa Gautama, suspeita de fraudes em licitações. Posteriormente, a PF disse que se tratava de um homônimo, ex-secretário no governo de Sergipe].

É o mesmo nível de informação. Estamos lidando com gângsters. Está aqui. A minha viagem para Berlim, a partir de Granada. Voces têm todos os documentos com hotéis. Tem o voo TAM voltando de….

Chega de lidar com bandidos. Gângsters. Pegam essas informações e ficam plantando. Que nível. E com pouca inteligência. Aparece o Demóstenes dizendo lá que estava comigo. Guarulhos, Brasília com os pontos. Vamos parar com confusão, vamos parar com molecagem.

Vamos encerrar isso. Negócio de viagem. Por que não se esclarece isso? Vamos dizer que o Demóstenes me oferecesse uma carona num avião, se ele tivesse. Teria algo de anormal? Eu fui duas vezes a Goiânia a convite do Demóstenes. Uma vez com Jobim e Toffoli. E outra vez com Toffoli e a ministra Fátima Nancy. Avião que ele colocou à disposição. Tudo combinado e muitos de vocês já ouviram. Tenho tudo anotado. Era avião da empresa Voar. Foi tudo combinado, público. Eu não estava escondendo nada. Por que esse tipo de notícia? Vamos dizer que eu tivesse pego um avião se ele tivesse me oferecido? Eu tinha algum envolvimento com o eventual malfeito dele? Que negócio é esse? Grupo de chantagistas, bandidos. Desrespeitosos.

Mas eles não querem me constranger não, queriam constranger o tribunal. É preciso encerrar de uma vez por todos com isso. Vamos encerrar com isso. Não quero ter relação com bandidagem e quem está fazendo isso é bandido.

É a mesma história de Gilmar de Mello Mendes. [Agora voltam com essas historinhas.] Hoje tem um roteiro no “Valor” dizendo das investigações: “Viagem a Berlim”. Vocês sabem que desde 1979 frequento a Alemanha a todo tempo. Tenho uma filha que mora lá. Dou aula lá. Sou professor de Granada. Todo ano vou lá. Vocês vão ver, a minha passagem é tirada pelo Supremo. Quem pagou? Eu preciso que alguém pague a minha passagem, gente? O meu livro “Curso de Direito Constitucional” vendeu de 2007 até agora 80 mil exemplares. Dava para dar algumas voltas ao mundo. Não é viagem a Berlim. Vamos parar de conversa. Eu não preciso de ficar me apropriando de fundo sindical e nem de dinheiro de empresa.

Pergunta – Quando o senhor se refere a bandidos o senhor está se referindo às pessoas que fizeram as gravações?

Gente que está usando esse tipo de informação. É coisa de gangsterismo.

Pergunta – Onde o presidente Lula entra nessa história?

Ele recebeu esse tipo de informação. Gente que o subsidiou com esse tipo de informação e ele acreditou nela. Vamos encerrar com isso.

Pergunta – Ele estava passando essas informações adiante?

As notícias que me chegaram era que sim. De que ele era a central de divulgação disso.

Pergunta – Quem era a central?

O próprio presidente.

Estive com o embaixador Everton Vargas (em Berlim), que foi designado pelo Lula. Quem vai para Berlim clandestinamente vai a embaixada? Coisa de moleque e de baixa inteligência. É gente que não tem [meio] neurônio. Para esclarecer tudo isso bastava um telefonema para a embaixada. Não precisava se fazer essa rede de intriga que está se fazendo. Chega disso.

Pergunta – Quando o senhor diz que estão tentando coagir o Supremo, o que quis dizer?

O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção. Era isso. Tentaram fazer isso com o Gurgel e estão tentando fazer isso agora. Porque desde o começo eu assumi e não era para efeito de condenação. Todos vocês conhecem as minhas posições em matéria penal. Eu tenho combatido aqui o populismo judicial e o populismo penal.

Mas por que eu defendo o julgamento? Porque nós vamos ficar desmoralizados se não o fizermos. Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior, virão dois novos, que virão contaminados por uma onda de susp…. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre. Por isso que tem que julgar logo. E por isso essa pressão para que o tribunal não julgue. Vamos encerrar com isso.

Agora, eu que viajo o mundo, vou quatro vezes por ano à Comissão de Veneza, sou o representante do Brasil na comissão, preciso de alguém para pagar passagem para mim? Vamos parar de futrica. Não preciso ficar extorquindo van para obter dinheiro. O que é isso? Um pouco mais de respeito, p….

Pergunta – Réus do mensalão estariam envolvidos nessa tentativa de melar o julgamento?

Sei lá, mas alguém construiu essa lógica burra, irresponsável, imbecil. Mas construiu.

Pergunta – O senhor quando diz que o presidente Lula é a central de divulgação disso tudo…

Colegas de vocês que me disseram isso.

Pergunta – Quando o senhor falou que o presidente Lula tocou no assunto CPI, o senhor falou ‘vai fundo na investigação’. Como ele reagiu?

Ele ficou decepcionado e disse assim: “E Berlim?” Aí eu expliquei a ele que em Berlim eu ia tanto quando ele ia a São Bernardo.

Pergunta – Por que o senhor avalia que ele ficou decepcionado?

Alguém passou essa informação infeliz para ele, errada. Esses roteiros meus de viagem são públicos. Vocês podem pedir no meu gabinete. Eu não vou escondido para lugar nenhum.

Pergunta – Na sua avaliação o presidente foi uma vítima desses gangsters ou estaria incluído nesse grupo de pessoas?

Acho que ele está sobreonerado com isso. Estão exigindo dele uma tarefa de Sísifo.

Pergunta – E essa tarefa seria adiar o julgamento?

Evidente que… [a tarefa dele seria adiar o julgamento].

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