Cumprindo a agenda administrativa, o ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, chegou ao estado pronto para defender o colega da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Ao lado do governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, Mercadante estava, durante a doação de equipamentos para o telecentro do programa “Computador nas Nuvens, com um papel na mão com dados sobre todos os repasses do Programa de Gestão de Riscos e Respostas a Desastre para Pernambuco. Ele citou nominalmente alguns investimentos destinados ao estado.
Questionado pela imprensa sobre um possível favorecimento de Pernambuco por Bezerra Coelho, Mercadante reafirmou que os repasses de R$ 70 milhões para o estado foram aprovados com total apoio dos governos estadual e federal. “Os investimentos são indispensáveis, estruturantes. O dinheiro empenhado em Pernambuco, até agora, é 25% do total do que ainda vamos usar para recuperar tudo aquilo que foi perdido. Somente em 10 meses tivemos 26 mil pessoas que perderam tudo, 55 mil desabrigadas e 16 mil que ainda vivem de auxílio-moradia”, justificou.
O ministro continuou o detalhamento dos gastos. Destacou que, em auxílio-moradia, foram gastos R$ 71 milhões e, somando-se a essa quantia, R$ 147 milhões foram empenhados na reorganização de 252 escolas e R$ 88 milhões ainda serão investidos na reconstrução de hospitais. “Não podemos ficar parados apenas observando a cena se repetir. Os investimentos, tais como a construção das cinco barragens, são fundamentais e tecnicamente justificáveis”, explicou.
Reconhecimento – O governador Eduardo Campos (PSB) também saiu em defesa de Bezerra Coelho e dos investimentos. “Em dez meses, nós tivemos três enchentes. E, para enfrentar esta crise, nós trabalhamos duro. Fizemos o projeto e estamos pagando pela competência. Nós vamos fazer as barragens porque elas vão prevenir e salvar vidas, e vão deixar a União e o estado sem ter que gastar a cada dois anos, três anos, e agora todo ano, milhões e milhões em recursos que não resolvem”, afirmou.
Segundo Mercadante, obras estruturais são necessárias em todo o país e, para isso, os estados precisam começar a se mexer. “Pernambuco teve a verba liberada antes porque o projeto executivo foi encaminhado com antecedência. Os outros estados e municípios tem insuficiência de obras preventivas e precisam começar a correr contra o tempo. Estamos fazendo no Brasil um grande esforço e um trabalho intenso para reduzir o percentual de desastres”, arrematou.