Em pouco mais de um mês após o retorno dos trabalhos, a Assembleia Legislativa da Bahia ainda não votou projetos e teve as 12 sessões ordinárias realizadas até agora derrubadas por falta de quorum. Enquanto isso, a pauta da Casa conta com 57 propostas, entre projetos de lei e resoluções, aguardando apreciação dos deputados estaduais. Mesmo com a paralisia, os parlamentares custaram aos cofres públicos mais de R$ 4 milhões desde o início do ano, apenas com a cota usada para bancar atividades do mandato, segundo levantamento feito pela Satélite no portal Transparência Bahia.
Na fila
Entre as matérias em pauta, está o projeto que proíbe a cobrança de estacionamento em shoppings para quem consumir, ao menos, dez vezes o valor da tarifa, de autoria do deputado Jurandy Oliveira (PRP). Outro, do deputado Zó (PCdoB), altera limites territoriais de municípios da Região Metropolitana de Salvador, que está sobrestando a pauta. Enquanto não for votado, nada anda.
Dedo de culpa
Deputados estaduais ouvidos pela Satélite reclamam do excesso de faltas dos colegas. “A conversa entre nós é que o deputado que está sempre no plenário tem menos votos, porque os faltosos estão viajando e fazendo contato. O eleitor tem culpa também”, reclama um deles. Outro diz que a improdutividade prejudica a imagem dos assíduos: “O povo coloca todos no mesmo bolo”.
Compasso de espera
Deputados estaduais da oposição que podem mudar de partido aguardam a decisão do prefeito ACM Neto (DEM) sobre a candidatura ao governo do estado para definir o futuro. A avaliação deles é que a escolha de Neto vai afetar desde a montagem das coligações até as alianças com lideranças políticas.
Dança de bancadas
A janela partidária pode extinguir e ressuscitar bancadas partidárias na Assembleia. O PSL, hoje com quatro deputados, deve ficar sem nenhum, assim como o PRP, que tem um integrante. O PR, que não tem representante, deve pular da janela com pelo menos três.
Fora da briga
Integrante da bancada governista na Assembleia, o deputado estadual Robinho (PP) se recusou a assinar a criação da CPI da Barra por considerar a medida apenas uma forma de represália à proposta da oposição para investigar a Fonte Nova. “Assinaria se tivesse o objetivo de apurar irregularidades. Por que nós, do governo, que temos maioria absoluta, só pensamos em CPI agora?”, questiona.
Em movimento
O advogado Ademir Ismerim trabalha para colher assinaturas de presidentes de clubes e ligas desportivas para viabilizar sua candidatura à presidência da Federação Baiana de Futebol. Ele precisa do apoio de 20% do total de votos para entrar na disputa. A questão é que ainda não sabe a quantidade de eleitores, o que dificulta a colheita.
“Precisamos ter coragem de mexer na legislação e criar uma nova política de segurança, pois a atual já se mostrou ineficaz “, Davidson Magalhães, deputado federal do PCdoB e único parlamentar baiano que vai integrar o Grupo de Trabalho da Segurança Pública da Câmara, formado por sete membros
Pílula
Aleluia! – O vereador José Trindade apresentou um projeto de lei para conceder isenção do IPTU aos imóveis alugados para templos religiosos e utilizados para cultos. Ao invocar o direito à liberdade de fé, ele argumenta que muitas igrejas e espaços de religião encontram sérias dificuldades para se manter em atividade.
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