Aprendi que somos cascas dentro da nossa sociedade e buscamos sempre ter informações a ventilar para demonstrarmos nosso poder intelectual. Envaidecemos nas melhores roupas sorrindo e mostrando que estaremos sempre bem. Ah! Essa é a dona tal da independência que homens querem ser assaltados por ela e mulheres a perseguem por léguas justificando-se que não é feminismo, mas direito. Concordo plenamente. Isso estaria em verdade, quando compramos carros, nas casas que temos ou que pagamos durante anos para depois realmente ser nossa. Repare que utilizei o verbo ter em vários momentos como forma de expressão cotidiana na vida das pessoas. O emprego que defendemos com unhas e dentes faz parte desse processo, até porque, sem ele não existiria dona independência do ladinho como causadora dos nossos movimentos.
Hoje senti de perto, e presente nas nossas ações que sofremos com nossas atitudes mesmo com terceiros nos admirando como algo significativo socialmente. Sofrimentos? Claro! Porque só ter e crescer profissionalmente, apesar de importante não é tudo. Ser independente também dói. Ficar sozinho também machuca. Ser o herói da vida dos outros é muita responsabilidade. Pode até ser autoestima conseguir resolver seus problemas e os alheios, mas o pior é que sempre acharão você para resolver tudo. Estamos preparados para isso? Seremos queridos ou seremos úteis para quem nos rodeia?
Comecei a analisar que não temos a vida inteira para viver nessa couraça porque acaba que todos os reflexos das máscaras que criamos se engalfinham conosco fazendo dos nossos dias uma constante ponderação. É ai que queremos a saída de dona independência e apareça aquele que com apenas quatro letrinhas tem uma força espiritual e social enorme: O Amor.
Aquela mulher desde a mais sensual até a mais intelectualizada quer ser amada. Ser desejada e querida porque quer a sua vida sentida pelo outro que a possa fazer companhia. Ouvi muito essa frase e por esses dias escutei novamente. “Ai! Eu não quero morrer sozinha.” Eu também nem me vejo sozinho. Apesar de que, nada deve se acabar em rotina. Elas querem alguém para conversar e compartilhar seu dia. Eles querem namoradas, esposas e até namoridas que sejam companheiras de todas as horas. Amor não está só no beijo ou no sexo. O olhar por si só dependendo da intimidade é amor. Sentimos prazer olhando quem amamos no silêncio e isso nunca deixou de ser amor. O toque suave. A compreensão das atitudes erradas mesmo que tenhamos a obrigação de consertar o erro para salvar relacionamentos. Amar é sublime sendo esse algo tão poderoso que desmascara toda defesa de ser independente. Mata todos os vestígios de uma mulher gostosa e do homem porretão porque todos querem amor no calor da alma e na essência do coração, onde se fique com o olhar perdido, por não saber onde tudo isso começou.
Então, corajosos são aqueles que choram e procuram por amor e correm sem fazer barulho atrás dessa magia benéfica. Fraqueza são características daqueles que querem se sentir fortes, viver independência por fora e não ser livre no coração de si ou de alguém. O tempo todo eles ficam armados fisicamente, mas desejando flores por dentro sem derramar uma lágrima em qualquer situação, inclusive por amor. E se alardeiam com sua alma gritando e pedindo, por favor, meu amor… meu bem… me ame.
Professor Éder Ramos
Historiador Bacharel e Licenciado pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal) – Palestrante Motivacional e pesquisador de Temas Sociais.