A votação do possível afastamento da presidente Dilma Rousseff ainda nem aconteceu, mas o vice-presidente Michel Temer já se articula para acelerar sua saída definitiva com a suspensão do recesso parlamentar do meio do ano. A iniciativa de aliados de Temer pode encurtar em pelo menos 15 dias o prazo do julgamento final de Dilma, previsto para acontecer em setembro. Em caso de afastamento da petista, cuja votação está marcada para o dia 11 de maio, o vice-presidente assume o comando por até 180 dias. “Não tenho nenhuma informação a esse respeito”, disse Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão do impeachment no Senado. Além de acelerar o julgamento de Dilma, Temer e seus aliados argumentam que a suspensão do recesso é importante para aprovar medidas que garantirão a retomada do crescimento do país. Um dos projetos com maior urgência de aprovação no Congresso é a convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelos Estados às empresas com o Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). Outra proposta que o eventual novo governo quer acelerar é a que trata do uso do regime de concessão para a exploração da camada do pré-sal.
Bahia Notícias