O novo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, terá de dividir o poder com um tio e com os militares, o que significa que o regime comunista terá um comando coletivo depois da morte de Kim Jong-il, segundo uma fonte que mantém estreitas ligações com os governos da Coreia do Norte e da China, citada pela agência de notícias Reuters.
A fonte não foi identificada, mas a agência afirma que ela já deu informações corretas em importantes eventos anteriores, como que a Coreia do Norte testaria sua primeira arma nuclear em 2006, fato comprovado posteriormente.
Kim Jong-un sucederá a seu pai como parte de uma dinastia familiar comunista que dirige a Coreia do Norte desde a fundação do país, na década de 1940. Kim morreu no sábado (17), mas sua morte só foi anunciada na segunda-feira.
A fonte que falou à Reuters qualificou de “muito improvável” a hipótese de um golpe militar. “Os militares juraram obediência a Kim Jong-un”, acrescentou.
Segundo ela, a liderança coletiva incluirá Jang Song-thaek, 65, cunhado de Kim Jong-il e tio de Kim Jong-un. Em 2009, Jang foi nomeado para a Comissão Nacional de Defesa, um órgão de alto escalão que Kim Jong-il dirigia na qualidade de comandante do militarizado Estado norte-coreano.