O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, disse ontem que a participação em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) contribuíram para que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica aprimorassem as ações conjuntas.
“Evoluímos muito nas operações conjuntas, particularmente com as missões de paz com o emprego de tropas, e com os grandes eventos, durante os quais foi necessária a operação conjunta das Forças Armadas junto com outras agências governamentais. Outro fator foram as operações de Garantia da Lei e da Ordem. Tudo isso nos fez evoluir”, disse Azevedo durante a comemoração dos nove anos de criação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (Emcfa).
Instituído em 2010, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas tem a missão de promover e coordenar a interoperabilidade entre as Forças Armadas e assessorar o ministro da Defesa, planejando o emprego conjunto e integrado de efetivos da Aeronáutica, Exército e Marinha.
Desde 2011, o Emcfa já coordenou a Operação Ágata (contra crimes fronteiriços); a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20); a Copa das Confederações de 2013, disputada em seis cidades brasileiras; a Jornada Mundial da Juventude, que, em 2014, contou com a presença do Papa Francisco; entre várias outras ações.
As Forças Armadas também foram empregadas para Garantia da Lei e da Ordem em operações realizadas no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. Só este ano, as tropas já atuaram conjuntamente no combate às queimadas na Amazônia e na limpeza dos locais atingidos pelo óleo de origem desconhecida, que já poluiu o litoral dos noves estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do Espírito Santo, na região Sudeste.
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, tenente-brigadeiro Raul Botelho, citou as operações Verde Brasil, iniciada em 24 de agosto para combater crimes ambientais na Região Amazônica, e Amazônia Azul, de limpeza das praias, mangues, recifes e outros habitats atingidos pelo óleo que se espalha pelo litoral desde o fim de agosto, como exemplos da importância das ações conjuntas. Botelho também mencionou a Operação Acolhida, de recebimento de imigrantes venezuelanos.
“[Os resultados] Demonstram o papel primordial das Forças Armadas na coordenação das ações e no esforço para promover a integração entre as diversas agências governamentais que participaram dessas ações nos níveis federal, estaduais e municipais”, disse Botelho, destacando que a criação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas adequou à estrutura do Ministério da Defesa ao exemplo de países que já tinham observado a necessidade de comando conjunto para otimizar o emprego da capacidade militar.
Tribuna da Bahia