O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quarta-feira (25) que a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) deveria deixar de ser em Nova York por causa das “chantagens” e do bullying dos Estados Unidos. Durante discurso na Assembleia da ONU em Nova York, o líder boliviano atacou o governo norte-americano por manipular o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, e por praticar o “imperialismo” norte-americano. “Temos que pensar seriamente em mudar a sede das Nações Unidas”, disse Morales, porta-voz dos líderes de esquerda da América Latina, após a morte de Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela. “A sede deve ser em um Estado que ratifica todos os tratados da ONU”, acrescentou Morales. “Como podemos estar todos seguros em uma reunião das Nações Unidas aqui em Nova York? Talvez não estejamos”, questionou o presidente boliviano. “Alguns não acreditam em imperialismo e no capitalismo e se sentem totalmente inseguros”, explicou Morales, se referindo à batalha de Maduro com autoridades norte-americanas para conseguir estar presente na reunião anual de líderes da ONU. O presidente da Bolívia expressou “solidariedade” com o seu homólogo venezuelano, que acusou os Estados Unidos de terem recusado permissão para que o seu avião voasse pelo espaço aéreo dos Estados Unidos quando viajou para a China. Além disso, o governo norte-americano não teria concedido vistos para alguns membros de sua equipe que lhe acompanhariam na Assembleia da ONU. O presidente venezuelano discursaria na Assembleia nesta quarta, mas desistiu da visita. De acordo com o governo norte-americano, a solicitação para utilizar o espaço aéreo foi preenchida incorretamente. Os Estados unidos negam que tenham recusado vistos para membros da comitiva de Maduro.
BN