Comissão Interamericana anunciou que vai investigar a postura do governo brasileiro em relação à morte de Vladimir Herzog, em 1965. Militares da época informaram que Herzog tinha se matado.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos anunciou que vai investigar a postura do governo brasileiro em relação ao assassinato do jornalista Vladimir Herzog, em 1965, ainda sob o período da ditadura militar.
Apesar das evidências de que o jornalista tenha sido submetido a tortura até a morte nas dependências da polícia política, em São Paulo, as autoridades militares da época informaram que Herzog tinha se matado.
E apresentaram uma foto para sustentar a versão de suicídio. Na imagem, o corpo do jornalista na cela, com as pernas dobradas, como se tivesse se enforcado com um cinto. E outro detalhe: a altura em que ele estava amarrado à janela era menor do que a estatura dele.
A morte do jornalista Vladimir Herzog foi um dos fatos mais marcantes da ditadura e provocou vários protestos.
Foi um dos motivos que acabaram levando o então presidente General Ernesto Geisel a afastar o comandante do segundo exército, Ednardo Dávila.