Clima que se mantém quente o ano inteiro, disponibilidade de água, mão de obra abundante e proximidade dos mercados. Essas características contribuem para o avanço da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco, atividade que movimenta a economia da região. No entanto, este ambiente também favorece o desenvolvimento de pragas nas lavouras como a mosca – da – fruta, inseto que tem causado prejuízos na agricultura, devido ao ataque em algumas culturas no período de safra.
A mosca- da- fruta é uma espécie queataca os órgãos de reprodução das plantas, atrapalhando o desenvolvimento dos frutos. Pertencem aos gêneros Anastrepha, Ceratitis, Bactrocera, Dacus e Rhagoletis. Segundo a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Beatriz Aguiar Jordão Paranhos, 99% de todas as espécies encontradas no Vale do São Francisco são do gênero Capitata Ceratitis popularmente conhecidas como ‘moscas do mediterrâneo ou moscamed’. Elas foram introduzidas no Brasil no século XX, e são consideradas as mais prejudiciais.
A reprodução da mosca do mediterrâneo dura mais ou menos de 13 a 19 dias. A fêmea faz um buraco no fruto maduro ou em fase de amadurecimento, deixando os seus ovos na polpa. Ao originar as larvas elas se desenvolvem causando uma deterioração no fruto, fazendo com que ele caia no solo. Com a fruta já no chão, as larvas passam para o solo e se enterram, ficando ali por 10 a 15 dias. Depois disso, ela sai na fase adulta, recomeçando o ciclo.
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Texto: Sheila Feitosa e Tauane Santana Fotos: Lara Micol Multiciência