O motorista Antônio Almeida Anaquim, que atropelou 18 pessoas no calçadão de Copacabana, causando a morte de um bebê, na noite de 18 de janeiro, pensava em deixar o país, de acordo com investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro – a defesa nega. A Justiça determinou nesta terça-feira (30) a apreensão do passaporte dele, conforme mostrou o RJTV com exclusividade.
Os investigadores receberam informações de que Anaquim tem passaporte português e que teria intenção de viajar para fora do Brasil. À frente do caso, o delegado da 12ª DP (Copabacana) Gabriel Ferrando disse que não há provas de que ele fugiria, mas que o pedido feito à Justiça foi para “evitar riscos”.
“Queremos, com isso, dar uma resposta firme e afastar qualquer sensação de impunidade e proteger a investigação de qualquer atitude que possa colocar em risco a conclusão das investigações”, argumentou Ferrando. “As investigações estão bem avançada.”
O motorista tem até 24 horas após intimado para entregar o documento na delegacia de Copacabana (12ª DP), o que pode ocorrer até o fim da quarta-feira (31).
A defesa disse considerar “absurda a hipótese de Antonio Anaquim querer sair do Brasil”. “O passaporte de Antonio está vencido desde o dia 16 de março de 2016 e não houve, desde então, nenhum pedido de renovação na Polícia Federal. Antonio confia na condução ética e imparcial da Autoridade Policial, assim como na Justiça brasileira. Seu passaporte, embora imprestável para sair do País, será entregue à Autoridade Policial, em cumprimento à determinação judicial”, diz o texto assinado pelo advogado Alexandre Mallet.
Anaquim seguirá respondendo em liberdade por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar. O motorista alega que sofreu um apagão durante uma crise de epilepsia.
O motorista não poderia estar dirigindo por estar com a habilitação suspensa: em cinco anos, acumulou 14 multas e 62 pontos na carteira. Anaquim disse que não foi notificado da suspensão do direito de dirigir.






