Seguindo a máxima de que todo artista tem que ir até onde o povo estar, o Movimento Pescadores da Criação decidiu reeditar o Projeto Arte/Rua: o Efêmero, que há dez anos levou um grupo de artistas a expor seus trabalhos nas ruas de Juazeiro.
A exposição urbana, coordenado pelo artista plástico Antônio Carlos Coelho de Assis (Coelhão), tinha por objetivo inserir a arte no cotidiano do povo. Artistas de várias tendências armaram seus cavaletes na rua, colocaram peças nas paredes e calçadas transformando a Travessa Benjamim Constant em um verdadeiro salão de artes.
O sucesso daquela iniciativa levou professores e alunos do Curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), propor novas ideias para o evento, reunindo artistas daquela época e novos participantes.
O Movimento retorna para a Travessa Benjamim Constant, no centro de Juazeiro, nesse sábado (19) das 07:00 às 13:00h. Segundo Coelhão, a exposição servirá como laboratório para os estudantes da Univasf e apreciação para o público juazeirense.
Artistas como Davi Coelho, Franklim Anderson, Jason Ribeiro, Uriel Bezerra, Ana Emília, Evelin Feiffer, José Neto, Thiago Alves, Luisa Magaly, Wechila Andrade se união ao talento de Mauricio Alfaya, Jocélio Bello, Pollyana Mattana, Chico Egídio, Lizandra Martins, Rinaldo Lima, Sérgio Sá, Binha Coelho Assis, Jacaré, Parlim, Pinzó, Xisto Bandeira, Amarom e Carlos Laerte, sob a coordenação de Coelhão e Caroline Moreira.
O criador do movimento adianta ainda que além dos trabalhos já prontos que serão expostos alguns artistas estarão também executando as obras no ato do evento e comercializando algumas peças. “Buscamos com essa proposta levar a arte até a população que, dificilmente teria a oportunidade de ver tantos artistas reunidos em uma exposição convencional. Nosso objetivo maior é mostrar a arte e o talento de velhos e novos artistas”, sintetizou Coelhão, acrescentando que o contato obtido entre os artistas e o público, através das exposições relâmpagos, proporcionou uma interação muito grande, desnudando o processo e o fazer artístico. “Esse contato ensejou a troca riquíssima de informações e consolidou o espaço da rua como uma galeria livre, popular, interativa, viva, ao alcance de todos e da arte de qualquer um, que pretendemos repetir nestas novas edições”, concluiu.
Por Antonio Pedro
Foto: Coelhão