A Caixa Econômica Federal será investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por apropriação de saldos de contas correntes e de poupanças de 496 mil clientes em 2012, e por ter incorporado os valores ao seu lucro. O Banco Central deve poupar o banco de responder a um processo administrativo pela apropriação indevida. Os procuradores da República devem apurar a conduta do banco e de seus dirigentes nas áreas cível e criminal. A especulação é que o BC aceite a atitude da Caixa de acatar a decisão de expurgar os R$ 420 milhões de lucro do ano passado para encerrar o caso. A apropriação dos valores desagradou o governo Dilma Rousseff por ter associado o caso ao confisco feito no governo Collor.
Se o BC abrisse um processo contra a Caixa, ela poderia ser condenada por inflar resultados com recursos indevidos. Em primeira instância, o caso correria sob sigilo dentro do BC, mas se tornaria pública quando fosse ser julgado no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, conhecido como Conselhinho. De acordo com o Estadão, os dirigentes da Caixa estão preocupados quanto a possível abertura do processo disciplinar e pela exposição que o caso poderia ter. As punições variam de advertência à suspensão temporária ou definitiva de trabalhar como executivo do sistema financeiro, dependendo da gravidade da infração.