No fim da década de oitenta, já inaugurado o Centro de Cultura João Gilberto, assisti a uma palestra do renomado conferencista Lair Ribeiro. Não me lembro do tema, mas tratava-se de ver o mundo com a perspectiva positiva. No término da palestra, vendia um livro, dentro do qual vinha uma cédula de dólar. Recomendava que ela estivesse sempre na sua carteira. – É um chamariz- dizia ele. Na saída do teatro dois amigos discutiam: – Eu vou fazer propaganda de dinheiro americano nada! – Pois eu vou colocar aqui (abriu a carteira e depositou a cédula), até ela rasgar. Com certeza vai me dar sorte- concluiu.
Conta-se que uma senhora, vendedora de bolinhos caseiros, passava o dia inteiro choramingando e até chorando. Um sábio homem, não mais suportando aquela situação, perguntou-lhe o motivo. – Meu amigo, é que tenho dois filhos, um vende sandálias e outro guarda-chuva. Quando está chovendo um não vende sandálias, quando não chove o outro não vende guarda-chuva. Como vê, um sempre está passando necessidade. O homem sorriu e disse: – Mas o que a senhora tem de fazer é mudar a perspectiva. Passe a ver como positivo. Quando o sol brilha o da sandália vende muito. Quando chove o do guarda-chuva vende bem, e isso é muito bom. Final da história: trocou o choro pelo sorriso e não dava conta das encomendas.
Outro dia fiz uma crônica falando de um homem justo, do bem. Coloquei no jornal e no Blog. Do primeiro recebi algumas ligações parabenizando-me. No segundo, houve diversas participações. A maioria concordando. Um deles, até hoje não identificado, (deve ser pseudônimo), agressivamente, disse que o cidadão de bem era traidor. Nos três casos, houve uma questão de perspectiva. Um olhou com a perspectiva de vingador, de insatisfeito.
Até com Deus o homem consegue mudar a perspectiva. Uns O tem como o Deus do amor, outros, como o Deus do castigo e ainda outros como o Deus da vingança. Tudo e questão de perspectiva.
MAGOM – Contabilista, Administrador de Empresa e membro do Lions.




