O Papa Francisco abençoou esportistas brasileiros na manhã desta quinta-feira (25) em cerimônia fechada no Palácio da Cidade, na Zona Sul do Rio. O Papa recebeu uma camisa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) das mãos do presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman, e deu a bênção a atletas como o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, que luta contra um câncer no cérebro . Ao encontrar Francisco, Oscar lhe deu a mão e se ajoelhou. O Papa então tocou em sua cabeça e lhe deu uma bênção. “Se não resolver desta vez, não resolve mais”, disse Oscar. “A maior bênção que você pode ter é a bênção do Papa. Ele veio em um momento muito importante para o Brasil. O povo brasileiro é muito sofrido. A vinda dele é a cereja do bolo.”
Oscar ainda brincou: “Eu nunca pensei que fosse gostar de um argentino. Ele é humilde demais!”. O pontífice também deu a bênção às campeãs olímpicas de vôlei, Fabiana e Fabi, ao ex-jogador de futebol Zico; ao jogador Deco, do Fluminense; ao coordenador técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira; aos atletas paralímpicos Karla Cardoso e Guilherme Lima Sales; e ao iatista Lars Grael.
O Papa também abençoou as bandeiras olímpicas e paralímpicas. O Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos em 2016.
Em seguida, o Papa Francisco recebeu a chave da cidade do Rio de Janeiro, de prata, confeccionada pela joalheria H. Stern. “Agora, de coração, vou a dar a bênção a todos vocês, a sua família, a seus amigos, a todos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E rezem por mim”, disse o Papa na bênção no Palácio. Cerca de 600 pessoas foram convidadas para participar do evento. Crianças de projetos sociais, atletas e autotidades participaram da cerimônia. Fabiana e Fabi estava muito felizes com o convite.
“Ele pediu que a gente levasse a bênção para todos os atletas. O meu coração está batendo diferente. A gente consegue passar atraves do esporte garra e determinação, e isso o Papa tem de sobra”, disse Fabi. “Eu acho que todo mundo queria estar aqui neste momento. Eu faco parte de um grupo de jovens, e esta é uma oportunidade única para a gente refletir”, disse Fabiana.
O coordenador técnico da Seleção Brasileira de futebol, Carlos Alberto Parreira, afirmou: “Eu tive o privilégio de ir ao Vaticano e cumprimentar um papa. Foi uma emoção inesquecível. Só a religião católica e o futebol são capazes de movimentar tanta gente. É muito bonito ver esta multidão nas ruas”.
Guilherme de Lima Sales, atleta paralímpico, foi escolhido para entregar a chave da cidade para o papa. Está na cadeira de rodas há 11 anos. “Até agora não caiu a ficha. Só de vê-lo foi ótimo. Nem acreditei quando fui convidado”.
Mariucha Machado
(G1)