No empate por 2 a 2 da seleção brasileira contra o Chile, na noite de quarta-feira, o atacante Neymar foi muito vaiado pela torcida que foi ao Mineirão. Com uma atuação bastante discreta, recebeu xingamentos quanto perdeu chance clara de gol e foi chamado de “pipoqueiro” muitas vezes em que foi ao chão. Saiu de campo visivelmente chateado, mas, como em outras ocasiões em que também foi apupado, disse que a reação do torcedor não o abala.
“Agradar o torcedor é uma missão impossível, mas nos filmes sempre tem uma saída. Ninguém gosta de ser vaiado, mas eu não estou nem aí. Em todo lugar que vamos com a seleção somos vaiados”, disse o santista. Instigado a mandar um recado à torcida mineira, foi irônico. “Obrigado por tudo”, respondeu.
Neymar também foi aplaudido quando partiu para cima dos zagueiros, deu seus conhecidos dribles e quando fez seu gol. Mas seus erros, as muitas vezes em que prendeu demasiadamente a bola e o fato de vira-e-mexe terminar a jogada no chão acabaram por irritar os torcedores.
Mas o atacante tem em Luiz Felipe Scolari um defensor ferrenho. O treinador mais uma vez saiu em defesa do atacante e recorreu ao número de faltas que ele recebe, que considera excessivo. Felipão ainda reclama que muitas infrações sobre Neymar não são marcadas.
“Existe uma onda que está sendo criada de que ele cai muito. De cada dez bolas, o juiz marca duas ou três faltas. As faltas têm que ser dadas não importa se é João, Pedro. Tem de marcar”, cobrou o treinador. “Ele é craque, em tudo que é jogo faz gol.”
Neymar sofreu oito faltas – as que foram marcadas – no amistoso no Mineirão e, ao final do amistoso, deixou o campo mancando. Mas disse que não tem nenhum problema capaz de tirá-lo do jogo de sábado, contra o Palmeiras, pelo Paulistão. “Senti uma dorzinha chata na última jogada, quando levei uma falta, e ainda está doendo”, explicou, na entrevista depois da partida. “Mas vou descansar e fazer gelo para poder jogar no sábado.”