O governo vai promover severo corte de gastos, em 2012, para cumprir a meta cheia de superávit primário, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), e facilitar a queda mais acentuada das taxas de juro, de acordo com inofrmações do Estadão. O bloqueio das despesas orçamentárias poderá ser maior do que os R$ 50 bilhões anunciados em fevereiro. Técnicos do Ministério da Fazenda calculam, em conversas reservadas, que a tesourada ficará na faixa de R$ 60 bilhões. O plano original da presidente Dilma Rousseff seria dar um freio de arrumação na economia em 2011, para ter mais tranquilidade nesse segundo ano de governo, mas o agravamento da crise internacional mudou o quadro.
Apesar da pressão por aumento de gastos, por causa das eleições municipais de outubro, o discurso da equipe econômica vai na contramão da gastança. Na Esplanada dos Ministérios, auxiliares da presidente já preveem tensões com o funcionalismo, uma vez que o Orçamento de 2012 não contempla aumento salarial para servidores. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avalia que a expansão do PIB ficará entre 4% e 5%, mas o Relatório de Inflação do Banco Central estima alta menor, de 3,5%.