Já está no mercado o capim que é uma alternativa para plantio em áreas úmidas sujeitas a alagamentos temporários e para os solos pobres. É o capim Tupi, uma cultivar estudada pela Embrapa. A nova cultivar tem crescimento rápido e é mais produtivo na seca que a humidícola comum. O capim Tupi é uma nova variedade de Brachiaria humidícola que a Embrapa coloca à disposição dos produtores.
A nova cultivar faz parte de uma coleção trazida da África em estudos na Embrapa há mais de 20 anos. A planta, registrada com o nome de BRS Tupi, é resultado de uma seleção de plantas coletadas em Burundi, no leste da África, pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), da Colômbia.
Ao lançar uma cultivar, a Embrapa se preocupa em colocar no mercado exemplares mais bem adaptados, além de abrir a possibilidade de o produtor diversificar suas áreas de pastagens, já que a monocultura não é recomendada.
A BRS Tupi passou por testes em áreas de Cerrado, Mata Atlântica e na região Norte, e se destacou por seu vigor e capacidade de produção, persistência de pastejo, capacidade de suporte e desempenho animal. Entre outras plantas avaliadas, a Tupi também se mostrou mais vigorosa, produtiva, palatável, rápida no seu estabelecimento, resistente a pragas e permitir ganhos de peso animal superior às demais plantas.
Segundo os pesquisadores, a nova cultivar é uma alternativa de uso para áreas sujeitas a alagamentos temporários e como há poucos materiais disponíveis para solos rasos e com problemas de drenagem, acredita-se que esta será bem recebida pelos produtores. A cultivar BRS Tupi deve ser semeada nas primeiras águas das chuvas, com quatro a cinco quilos de sementes puras viáveis na profundidade de três a cinco centímetros.
Nordeste Rural