Frequentemente o Nordeste Brasileiro e retratado pela região problema, ora pelos aportes financeiros em momento de seca ou pela situação de pauperismo verificada em algumas áreas. A mídia, oportunista e sensacionalista retrata como pobres coitados que nem mesmo água tem pra beber, de um povo sofrido pelo clima severo e fadado ao declínio social.
Existem sim pontos de estrangulamento no nordeste, cuja solução, seja muito mais que assistencialismo e clientelismo implantado sob a tutela da politica suja e oportunista. Existe acima de tudo um nordeste que deu certo, que dá certo e que irá impulsionar o crescimento nacional nos próximos anos.
Esse nordeste pujante, ainda muito díspar, ou seja, em pontos de entroncamento distantes um do outro, nos remete a sensação que não há crescimento econômico acelerado na região como um todo, tendo em vista, que entre um entreposto e outro, podem ser verificadas condições de extrema precariedade.
Começamos então elencar o “nordeste que deu certo”, aproveitando o ensejo e entusiasmo ao falar da Bahia.
No estado Baiano, podemos destacar o polo de Juazeiro, onde a agricultura irrigada proporciona (o que não é verificado em nenhum lugar do mundo), mais de uma colheita de fruta ao longo do ano, e a indução de tais culturas em qualquer período. O oeste da Bahia apresenta forte expansão na produção de grãos, especialmente a soja, além de uma pecuária modernizada, onde hoje, já se produz mais carne em menos metros quadrados, aumentando a eficiência e dinamizando o processo. Ainda podemos destacar grandes centros econômicos e dinâmicos como Feira de Santana e Salvador. Camaçari é um dos maiores centros industriais do país, além de São Francisco do Conde e Luís Eduardo Magalhaes se destacam com grandes indicadores de renda per capita, e toda a região cacaueira, que apesar da crise que vive o setor ainda puxa o crescimento de muitas cidades.
Em Pernambuco, destaca-se Petrolina, pelas mesmas potencialidades de Juazeiro, Araripina pela produção do gesso, Caruaru e cidades circunvizinhas pelo grande centro comercial e produção de tecido, Suape, tornou-se um grande canteiro de obras, além de cidades que crescem a taxas estratosféricas como Salgueiro, além de patrimônios artísticos e culturais como Recife e Olinda. Ainda devem ser mencionadas as maravilhas paradisíacas que impulsionam a economia turística como Fernando de Noronha e Porto das Galinhas.
O maior PIB Nordestino está na Capital do Ceará, Fortaleza. Hoje o estado muito dinâmico, superou o atraso econômico e social da década de 90, e hoje desponta no cenário nacional pelo forte destino turístico, a exemplo do Rio Grande do Norte, que possui um parque industrial bem dinâmico e moderno.
Os estados do Piauí e do Maranhão destacam-se na produção de grãos na sua região leste e oeste, respectivamente, sobrepondo o quadro de pobreza verificado, ainda em algumas áreas.
Os estados de Sergipe e Alagoas possuem forte habilidade na produção e refino de açúcar.
Na ultima década, O nordeste cresceu cerca de 35%, dinamizando a sua economia e diminuindo a sua vulnerabilidade da economia nacional, especialmente da região sudeste. O grande gargalo estrutural nordestino, é que as regiões desenvolvidas, por vezes, ficam muito distante umas das outras. Neste caso, à necessidade de interiorizar as atividades produtivas, a educação, e as oportunidades sociais, assim criamos um nordeste de economia sólida, dinâmica e de forte pujança, que agrega e concilia crescimento com desenvolvimento econômico e social.
Leonardo cordeiro