Uma reunião marcada para esta sexta-feira (24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve criar uma aliança internacinal para acelerar a distribuição de tratamentos visando o combate à pandemia da Covid-19. No entanto, o Brasil, que historicamente liderou as discussões sobre acesso a medicamentos, não vai participar desta aliança. As informações são da coluna de Jamil Chade, do Uol.
O líder do encontro, coordenado pela cúpula da OMS, é o presidente da França, Emmanuel Macron, figura que já protagonizou atristos com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. A reunião ainda terá a participação de Bill Gates e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
De acordo com a coluna, o evento prevê, por parte das nações participante, o compromisso de que qualquer tratamento ou vacina que seja criado(a) será alvo de esforço internacional para ser disponibilizado(a) a todos os países. Para isso, foi disponibilizado um fundo de US$ 8 bilhões para financiar a distribuição de remédios e tratamentos.
Na visão de Emmanuel Macron, a luta contra a pandemia exige que a OMS apoie sistemas públicos de saúde, testes e tratamentos. No entanto, afirmou que o objetivo do projeto é acelerar a chegada de uma vacina, e que ela não fique apenas no país onde for inventada.
Já Von der Leyen afirmou que, no dia 4 de maio, haverá uma conferência para arrecadar os mais de US$ 8 bilhões para o combate contra o novo coronavírus. Quem também se pronunciou foi o secretário-geral da ONU, que afirmou que a ação “vai exigir o maior investimento da história” na saúde, e pediu que a política seja colocada de lado, neste momento.
Vale lembrar que, no início do século XXI, o Brasil estabeleceu, ao lado do governo da França, um mecanismo que permitia às pessoas mais pobres acesso a remédios. No entanto, após o presidente Jair Bolsonaro assumir o Palácio do Planalto, a relação entre os dois países se deteriorou, e dessa vez os europeus se posicionam de forma solitária na liderança da ação.
Ainda nesta sexta-feira (24), a OMS rebateu as críticas do presidente Jair Bolsonaro contra o diretor-geral da Organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Bolsonaro disse, em live em suas redes sociais, que o líder da entidade de Saúde não é médico.
Tedros é formado em biologia, mas tem mestrado em Imunologia de Doenças Infecciosas pela Universidade de Londres, doutorado em Saúde pela Universidade de Nottingham e é considerado especialista em operações e liderança em respostas de emergência a epidemias. Ele ainda foi ministro da Saúde da Etiópia entre 2005 e 2012, fato sinalizado por uma porta-voz da OMS.
Bahia Notícias