Na sessão da última quarta-feira (11), o vereador de oposição José Carlos Medeiros (PV), disse na tribuna que independente da Câmara não ter ouvido o vereador Crisóstomo Lima (PCdoB), quando mesmo dirigia a Secretaria de Igualdade, Assistência Social e Cultura (Seiasc), protocolou no Ministério Público Federal inúmeras denúncias contra a referida pasta na condução do programa Minha Casa, Minha Vida.
O vereador Crisóstomo Lima, e ex-secretário da Seiasc é o novo alvo dos pronunciamentos dos vereadores da oposição na Câmara Municipal de Vereadores.
No seu pronunciamento Medeiros afirmou continuar tentando contato com a secretaria em questão e continua sem êxito. “Mas os desmandos desse governo não estão relacionadas apenas a esse programa. Hoje mesmo tentei falar por telefone com a nova direção da secretaria e o mesmo está mudo. Fui pessoalmente e a desculpa é que a central está danificada e estão aguardando uma peça de Salvador. Um governo que não tem atenção com uma secretaria da importância da Seiasc não pode ter responsabilidade para com Juazeiro”, desabafou Medeiros.
Ainda na tribuna o vereador questionou como um cheque de valor tão baixo pode ter sido devolvido por falta de fundos. “Os desmandos prosseguem, como é que o governo tem responsabilidade e deixa um cheque da Seiasc no valor de R$ 91 reais e 79 centavos ser devolvido por falta de fundos. A nossa obrigação é de fiscalizar o governo e nós vamos continuar, não tenho culpa se alguns companheiros esqueceram a principal função do legislador”, concluiu Zé Carlos Medeiros.
Outra denuncia seria foi levada a plenária pelo edil Alex Tanuri (PSDB) que endossou as críticas ao governo municipal declarando que os funcionários contratados ainda não receberam os salários de março. “Então para quem não paga em dia, não cumpre com as suas obrigações financeiras a pecha é de caloteiro. E eu quero sair na defesa do colega vereador que como presidente da Câmara nunca deu um cheque sem fundo, mas como gestor da Seiasc não foi só o de R$ 91 reais não teve outro cheque de R$ 27 reais. É muita irresponsabilidade, não paga aos trabalhadores, mas tem dinheiro para escritórios advocatícios no valor de R$ 1 milhão e 800 mil reais; R$ 9 milhões etc”, disparou Tanuri.
Da tribuna Crisóstomo Lima se defendeu justificando que as únicas denúncias que tomou conhecimento, enquanto esteve na Seiasc, foram de responsabilidade de um “suposto” comunitário David Lima. “Só que elas foram todas arquivadas por falta de fundamentação. A maioria se relacionava a vida pessoal dos moradores contemplados no Minha Casa, Minha Vida. A equipe que geriu o programa foi tão eficiente que a Caixa Econômica Federal convidou para conduzir tecnicamente o programa em outros municípios do Norte da Bahia”, explicou.
“Quanto aos cheques sem amparo financeiro, é claro que isso pode acontecer numa secretaria tão complexa como é a Seiasc, mas garanto que já foram pagos, é tanto que os vereadores estão com cópias, caso contrário estariam portando os originais. Reitero minha total confiança no setor financeiro”, concluiu zó.