Os robôs foram desenvolvidos pelas unidades da Embrapa Instrumentação e serão apresentados durante a 20ª Edição da Agrishow, em Ribeirão Preto, São Paulo. As tecnologias nasceram em projetos de pesquisa nos laboratórios, em São Carlos. O Centro de Pesquisa apresentará diversas tecnologias que buscam maior impacto econômico e social e menor impacto ambiental, na área dinâmica da feira, especialmente, ligadas à Agricultura de Precisão, Automação Agrícola, Pós-Colheita e Agricultura Familiar.
O primeiro deles é o Robô agrícola móvel. O instrumento foi desenvolvido em parceria entre a Embrapa Instrumentação, a Escola de Engenharia da USP de São Carlos e a empresa Jacto Máquinas Agrícolas, a Plataforma Autônoma para apoio à Agricultura de Precisão emprega o que há de mais avançado em tecnologia robótica modular para aquisição de dados em campo. O protótipo pretende ser um conceito de mobilidade e grande capacidade operacional.
O uso da robótica em sistemas autônomos vem para suprir a ausência de profissionais frente à demanda crescente para aquisição massiva de dados em campo, além de servir como laboratório para desenvolvimento de tecnologia nacional, adaptada às condições da Agricultura Tropical.
Outro equipamento importante é o Sensor Ótico de Índice Vegetativo. Com um sensor remoto de cultura, é possível visualizar a cor da planta, será possível saber se ela está com deficiência ou não de nutrientes. Muitas vezes, a cor é um indicativo de que a planta está ou não deficiente. Com essas leituras são elaborados mapas para identificar áreas com estresse, como deficiências nutricionais e incidências de danos de pragas e doenças em diversos estágios vegetativos das culturas. Esses sensores ainda apresentam a possibilidade de interação com implementos agrícolas para a aplicação de fertilizantes nitrogenados em taxa variada, corrigindo as deficiências em tempo real.
Já para o Sensor de condutividade elétrica do solo se resolve uma das maiores dificuldades em agricultura de precisão que é a amostragem e gestão de um determinado fenômeno sem conhecimento prévio das zonas de manejo (áreas com características homogêneas ou iguais) da propriedade. Em áreas pequenas o número de amostras é também pequeno e fácil de coletar, mas quando se trata de grandes áreas, a dificuldade aumenta, tanto em tempo como em custo. Neste contexto, a medida da condutividade elétrica do solo está se tornando uma importante ferramenta para uma prévia avaliação da área a ser estudada, facilitando as definições das áreas de manejo.
Durante a feira muitos outros instrumentos serão apresentados, entre eles a OTC – Estufas de topo aberto; o Turgormeter, usado para determinar o estado de hidratação de caules, frutas, e hortaliças. Várias dessas tecnologias deverão entrar em disponibilidade no mercado, já a partir deste mês.(NORDESTE RURAL)