Nem chegamos ao carnaval e os produtores de chocolate já fecharam suas contas para Páscoa: a produção deve ficar 20% maior do que em 2011 e os preços dos ovos de Páscoa até 9% mais altos. Alguns fabricantes, como Garoto e Nestlé, afirmam que, na média, seus reajustes vão acompanhar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — referência para a inflação oficial — que fechou 2011 com alta de 6,50%. Outras empresas, no entanto, como a líder de vendas para a data, a Lacta, vão elevar os preços entre 8,5% e 9%.
Os aumentos, dizem os fabricantes, refletem a alta dos custos de mão de obra, cacau e leite. Tema também amargo para o setor é a carga tributária: 34% de impostos. De qualquer forma, dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) mostram que o setor vai bem, obrigada.
“Nos últimos dois anos o setor cresceu 35%. O consumo per capta de chocolate no país é de 2,2 kg por habitante. Há dois anos, era 1,65kg. O setor vai bem, obrigado”, diz Ubiracy Fonseca, vice-presidente de chocolate da Abicab.
Fonseca revela que, em 2011, foram produzidas 18 mil toneladas de produtos de chocolate para a Páscoa. E houve um aumento de consumo de cerca de 7% em relação ao ano anterior. A associação, no entanto, não faz estimativas para 2012.
“O Brasil é o quarto maior produtor de chocolates do mundo. Temos produto de alta competitividade”, afirma Fonseca.
“No ano passado, dez dias antes da Páscoa alguns produtos já estavam esgotado”, conta Renata.
Os produtos clássicos mais procurados pelos consumidores da Kopenhagen custam entre R$ 74,90 (ovo de 350g) até R$ 129,90 (ovo de 650g). Para está a Páscoa a novidade da marca é a “galinha dos ovos de ouro”, fabricada em louça branca, com ovinhos de chocolate (R$ 89,90).