Os pais de Beatriz Angélica, Lúcia Mota e Sandro Ferreira, lançaram uma ‘vaquinha online’. O objetivo é arrecadar recursos para custear as despesas com uma investigação paralela à da Polícia Civil de Pernambuco, visando a solução do crime. A menina foi encontrada morta no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de um colégio particular de Petrolina, no Sertão do estado.
A vaquinha online pretende alcançar R$75 mil, o dinheiro será utilizado para a investigação e outras despesas. “Desde o início, a gente teve custos, e que são muito altos, tanto para manter a luta viva nas ruas, nas redes sociais, quanto na parte da investigação. Agora estamos empenhados em fazer uma investigação paralela”, explicou Lúcia.
A doação pode ser feita site. O pagamento pode ser feito por boleto bancário ou cartão de crédito. O valor mínimo é de R$25.
“Como a gente percebeu a morosidade do Governo do Estado de Pernambuco em relação a investigação de Beatriz, nós tomamos a iniciativa de nós mesmo ir à fundo. Como tivemos no mês de junho acesso ao inquérito, isso nos impulsionou mais ainda”, revelou Lúcia .
Serão contratados profissionais de outros estados e até de outros países. Eles vão realizar serviços pontuais na investigação. “A gente precisa contratar engenheiros, principalmente, na área de informática, além de profissionais na área de segurança direcionadas à investigação. Precisamos fazer a nossa investigação completa, paralela à da Polícia Civil”, destacou Lúcia.
O casal acredita que a investigação paralela vai ajudar na solução do caso. “A Polícia Civil de Pernambuco já devia ter solucionado o caso de Beatriz há muito tempo. Então a gente está pegando a investigação a partir dos erros que eles cometeram. A gente vai no inquérito, então a gente vai no erro e a gente vai investigar aquele erro. E nós estamos conseguindo evoluir. A nossa expectativa é que a polícia também evolua na investigação”, frisou Lúcia.
O G1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber como está o andamento das investigações, mas eles disseram que não poderiam enviar as informações porque estão trabalhando em regime de plantão.
O Caso
Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas.
A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.
Fonte: G1 Petrolina