SESAU/PMJ
A Semana do Bebê é uma estratégia de mobilização social apoiada pelo UNICEF, realizada através de oficinas, cursos, palestras, atividades artísticas e culturais, e tem como objetivo tornar o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento de crianças de até seis anos prioridade na agenda dos municípios brasileiros. Em Juazeiro, o evento aconteceu de 10 a 16 de maio sendo a 5ª Semana do Bebê no município.
Dentro da programação diversas atividades aconteceram no campus da Univasf de Juazeiro. Na última quinta-feira (14), estiveram presentes representantes do Caps, Rita de Cássia, juntamente com o apoio dos residentes de Saúde da Família (UNIVASF), o médico Washington Luiz e a estudante do curso de psicologia da Univasf, Tatiana Carvalho, para debater temas voltados para a saúde da primeira infância, das gestantes e das mães soropositivas.
Durante as atividades foi debatido o tema “Um olhar cuidadoso: mães com transtornos mentais e usuárias de drogas, pré-natal e primeira infância”. A turma foi dividida em 05 grupos e a palestrante, Rita de Cássia falou sobre a necessidade da utilização dos instrumentos de intervenção para o cuidado: escuta acolhimento, vínculo, corresponsabilização e apoio matricial.
Em seguida, a estudante do curso de psicologia da Univasf, Tatiana Carvalho, conduziu uma discussão sobre a “História do parto e a violência obstétrica” que despertou a importância de garantir os direitos da mulher e criança durante a gestação, parto e pós-parto, bem como sensibilizar a comunidade sobre a necessidade de se combater os casos de violência obstétrica.
“É muito importante discutir esse tema, pois toda gestante merece respeito e muito cuidado, visto que no Brasil existe um dado alarmante: uma em cada quatro mulheres grávidas sofrem ou irão sofrer violência obstétrica”, disse Carvalho.
O médico infectologista, Washington Luiz, da Equipe Multiprofissional do Programa de DST/AIDS, abordou a respeito do manejo clínico das gestantes portadoras de DST/AIDS, e enfatizou sobre a prevenção da transmissão vertical – mãe para filho, o tratamento adequado para ambos e orientação nutricional para os casos de interrupção do aleitamento materno.
“É importante que a mãe soropositiva receba apoio da família, dos profissionais de saúde, e das pessoas em que confia para não se sentir discriminada. No caso de interrupção do aleitamento materno, a gestante deverá receber o guia prático de alimentos para crianças menores de 12 meses que não podem ser amamentadas”, explicou o infectologista.
De acordo com a Diretora do setor de Humanização da Secretaria Municipal de Saúde, Carla Lorena Pesqueira, as palestras durante a 5ª Semana do Bebê foram importantes para os avanços na área da saúde, educação e social. “Debatemos durante a Semana do Bebê 2015 diversos temas sobre os direitos da criança e do adolescente, principalmente da primeira infância. Essas palestras ajudaram a discutir temas extremamente relevantes para essas categorias e consequentemente haverá avanços nessas áreas”, concluiu.