O dia 04 de outubro marca o aniversário de descobrimento do Rio São Francisco, alcançado pela primeira vez por uma expedição de reconhecimento comandada por André Gonçalves e Américo Vespúcio, em 1501. Seu nome é uma homenagem ao santo cuja morte ocorrera em 03 de Outubro de 1226.
Durante os anos seguintes, pouco se avançou rio acima devido às condições da região e à ferocidade das tribos indígenas que viviam em seu entorno. Os Pankararu, Atikum, Kimbiwa, Truka, Kiriri, Tuxa e Pankarare, são alguns dos remanescentes atuais das populações que originalmente ocupavam o local.
A alcunha de “rio da integração nacional” deve-se, principalmente, a este momento da história do Rio São Francisco, quando de seus braços partiram grande parte dos homens que desbravaram o Brasil, ligando o Sudeste ao Centro-Oeste do país.
Com cerca de 2.830 quilômetros de extensão, nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais e corta outros quatro estados brasileiros até desaguar no mar, na cidade de Piaçabuçu, Alagoas, recebendo águas de outros 168 rios. Sua enorme bacia hidrográfica ocupa uma área de 641 mil quilômetros quadrados.
Suas águas testemunharam o nascimento e desenvolvimento do Brasil e ainda são responsáveis pela sobrevivência de populações inteiras das dezenas de cidades às suas margens. Além do sustento direto, as águas do São Francisco abastecem regiões imensas utilizadas pela agropecuária e complexos hidroelétricos, como as usinas de Três Marias, Sobradinho, Xingó, Itaparica e Paulo Afonso.
Sento-Sé, no norte da Bahia, é uma das cidades banhadas pelo velho Chico, com mais de 300 km de margem fluvial. Sua população vive basicamente da pesca, agricultura irrigada e pecuária. É o maior reservatório de água do complexo CHESF e um dos maiores de água doce do mundo.
Durante a colonização do rio, o pequeno aldeamento indígena recebeu currais de gado bovino e engenhos rapadureiros, que impulsionaram a economia local, elevando mais tarde o lugarejo à categoria de Vila Imperial.
5012 anos depois do seu descobrimento, o povo de Sento-Sé continua dependente do velho Chico para sobreviver.
O rio São Francisco é uma riqueza, nasce lá na Serra da Canastra, corta serras, matas e vales. Desenha o seu percurso na natureza, passa por aqui e banha nossa região, serve ao povo sua água pura, mata a sede e molha a agricultura. E ainda, faz caminho através da navegação, é um rio que só traz alegrias, para as famílias do sertão.
Homenagem da prefeitura Municipal de Sento-Sé.