Pelo 13º ano seguido, a bandeira do arco-íris, símbolo do orgulho LGBT, desfilou pelo Campo Grande durante a Parada Gay da Bahia. O evento de encerramento da III Semana da Diversidade, iniciada no dia 14, levou dez trios elétricos às ruas do Centro e reuniu um público estimado em 700 mil pessoas.
Para muitos participantes, essa é a oportunidade do ano de expressar publicamente a sua sexualidade. Bianca Snyder, 21 anos, foi, pela primeira vez, “montada” à Parada. Ela, que no dia-a-dia assume uma aparência masculina, faz shows como transformista em seu bairro, São Caetano. “Está tudo ótimo! Tem muito moleque elogiando”, disse sobre a “estreia” no evento.
Mais experiente, a transformista Milete Stephany, 36 anos, participava pela oitava vez. Ela dançava acompanhada pelo olhar do namorado, André Portugal. “Aí fecha!”, elogiou o companheiro. Para Stephany, o atrativo da festa é a liberdade de expressão. André acredita que esse tipo de exibição ajuda no combate ao preconceito contra os gays.
As amigas Penélope Kardec, 19 anos, e Alícia Deluna, 20 anos, chamavam a atenção do público com os seus figurinos – o de Alícia inspirado na cantora Beyoncé. Apesar da empolgação, Deluna acredita que a festa precisa melhorar. “Deveria ser mais organizada e deveriam trazer atrações que têm mais a ver com o público LGBT”.
A Tarde