Parentes de Sérgio Rosa Sales, executado em Belo Horizonte, foram ouvidos pela Polícia Civil nesta sexta-feira (24), de acordo com informações do delegado que investiga o caso, Frederico Abelha. Segundo ele, durante depoimento, os parentes afirmaram que o primo do goleiro Bruno Fernandes, que também era réu no processo que apura a morte de Eliza Samudio, vinha sofrendo ameaças. Sales tinha 24 anos e foi executado com seis tiros, nesta quarta-feira (22), no bairro Minaslândia, na Região Norte da capital.
Momentos após o crime, o pai da vítima, Carlos Alberto Sales, chegou a negar supostas ameaças sofridas pelo filho. “Ele não estava sendo ameaçado, ele era amigo de todo mundo”, disse no local da execução nesta quarta-feira (22).
Em relação à prisão de sete suspeitos que poderiam ter ligação com o crime, o delegado afirmou desconhecer a suspeita. O grupo foi detido por tráfico de drogas nesta sexta-feira, após uma denúncia anônima. Segundo a Polícia Militar (PM), uma segunda denúncia, recebida depois de o grupo ser detido, informava que suspeitos teriam envolvimento com a morte de Sérgio Rosa Sales.
Segundo um soldado que participou da ocorrência, no local onde o grupo foi preso, havia uma moto vermelha, e um dos sete suspeitos confirmou ser o dono do veículo. De acordo com o militar, o executor de Sérgio também foi visto em uma motocicleta da mesma cor. Ainda segundo o PM, o grupo detido teria uma rivalidade com uma quadrilha do bairro Minaslândia, local onde morava Sales.
Ainda conforme informou delegado na noite desta sexta (24), a informação sobre uma possível briga envolvendo o jovem, em uma partida de futebol um dia antes do crime, não procede. Nesta quinta-feira (23), Frederico Abelha afirmou que todas as possíveis causas do assassinato estão sendo investigadas, inclusive queima de arquivo.
O goleiro Bruno recebeu a notícia da morte do primo com tristeza, segundo o advogado, Francisco Simin. “Bruno está muito chocado com a morte do Sérgio”, disse o defensor ao G1.