Em uma semana, Pernambuco notificou, por dia, mais de um caso de bebês com suspeita de microcefalia. De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do estado nesta terça-feira (29), já são 1.829 notificações, dez a mais que o total de casos notificados que constava no balanço anterior, divulgado no dia 22 de março.
Dessa quantidade de notificações, 273 casos foram confirmados e 349 descartados. Em comparação com o boletim anterior, foram cinco confirmações a mais. Em Pernambuco, continuam sob investigação 1.207 casos. Esses dados correspondem ao período de 1º agosto do ano passado até 26 de março deste ano.
A relação do vírus da zika com os casos de microcefalia foi encontrada em 99 bebês, nos quais o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, da Fiocruz, detectou o anticorpo IgM no líquido cefalorraquidiano, o que significa que houve exposição dos bebês ao vírus. Dos 127 testes realizados, 31 casos tiveram um resultado negativo, enquanto dois permanecem inconclusivos.
Desde o início de dezembro do ano passado, 3.438 casos de gestantes com manchas vermelhas na pele foram notificados em 131 municípios do estado. Desse total, 18 mulheres apresentaram a confirmação de microcefalia do bebê intraútero. Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, as manchas podem ser ocasionadas tanto pelas arboviroses (dengue, chikungunya ou zika), quanto por rubéola, intoxicação, alergia ou alguma outra virose. Elas também não são um indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia.
Pernambuco apresenta ainda 24 casos de bebês que nasceram mortos e 21 que vieram a óbito logo após o nascimento, mas nenhum dos casos teve a microcefalia como causa básica de morte, segundo a secretaria.