Maior jogador de futebol da história, Pelé, 73, voltou a mostrar preocupação com os protestos nas cidades brasileiras durante a Copa-2014. “Espero que a gente tenha essa consciência: deixar passar a Copa do Mundo. Aí vamos reivindicar o que os políticos estão roubando ou desviando. Isso é outra coisa. O futebol só traz divisas e só traz benefício para o Brasil”, disse, em entrevista à ESPN Brasil.
Nomeado pela presidente Dilma Rousseff como embaixador honorário da Copa em 2011, o ídolo da seleção brasileira e do Santos pediu uma espécie de trégua aos manifestantes para que o país receba os turistas e aproveite a oportunidade de realizar o Mundial sem problemas. “Vamos deixar passar essas festas e vamos exigir. Futebol não tem nada com isso”, afirmou.
“Acho que o futebol não tem nada a ver com a corrupção dos políticos. O futebol sempre enalteceu o Brasil. Os jogadores sempre trouxeram promoção muito grande para o Brasil.” Ele incluiu os Jogos de 2016, no Rio, como outra oportunidade que não pode ser prejudicada por protestos. “Agora temos três eventos maravilhosos: a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a Olimpíada. O país pode encher de turista e receber todo o benefício desse turista. E o próprio brasileiro fica estragando uma festa dessas. Quando falei isso ano passado, muita gente não entendeu”, disse Pelé.
Ele admitiu que ficou preocupado durante a Copa das Confederações, em junho de 2013, mas, na sua opinião, a conquista da seleção brasileira amenizou as manifestações. “A sorte é que Deus é brasileiro, e o Brasil foi campeão. Aí sossegou um pouco.”
Correio da Bahia