Uma lista de recomendações publicada na edição desta semana da revista científica Journal of the American Medical Association (Jama) discute os excessos no diagnóstico precoce do câncer e no tratamento excessivo contra o mal. De acordo com a lista, os problemas advindos do tratamento podem levar o paciente a uma maior debilitação do quadro de saúde. Assim, pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos querem mudanças não só em diagnósticos e tratamentos, como também na definição do que seria o câncer, com a possibilidade de até renomear a doença. A explicação sobre o nome vem, principalmente, de casos de tumores pré-malignos com prognóstico para os casos que não vão progredir para uma situação letal. Os estudiosos informam que, ao longo dos últimos 30 anos, a conscientização e a triagem enfatizaram o diagnóstico precoce do câncer, porém, ensaios clínicos e dados populacionais já demonstram que as metas não foram cumpridas, com aumento significativo nas primeiras fases da doença, quando acontece o diagnóstico precoce. “A palavra câncer muitas vezes invoca o espectro de um processo inexoravelmente letal, no entanto, os cânceres são heterogêneos e podem seguir vários caminhos, nem todos evoluem para metástase e morte e incluem a doença indolente, que não causa dano durante a vida do paciente”, afirmaram em nota os pesquisadores. Informações do Estado de Minas.
(BN)