No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira continuou em queda. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,6% em relação ao trimestre anterior. É o sexto trimestre seguido de queda. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 1,5 trilhão.
Entre os setores cujos desempenhos entram no cálculo do PIB, a agropecuária registrou a maior queda, de 2%, seguida pelos serviços, que recuaram 0,8%. Apenas a indústria, que vinha apresentando resultados seguidamente negativos, teve uma leve alta de 0,3%.
“É interessante notar que, pelo lado da oferta, dessa vez a gente teve uma indústria positiva. Ela vinha negativa e, pela primeira vez em cinco trimestres, ela virou. Mas é importante falar que é variação, não podemos chamar de crescimento”, explicou Claudia Dionísio, gerente de contas trimestrais do IBGE.
Do primeiro para o segundo trimestre, os investimentos voltaram a crescer, depois de dez quedas seguidas. A Formação Bruta de Capital Fixo, como a taxa de investimentos também é conhecida, cresceu 0,4%.
Por outro lado, o consumo das famílias, que durante anos colaborou com o crescimento da economia, recuou pelo sexto trimestre seguido. De abril a junho, a baixa foi de 0,7%. Os gastos do governo também diminuíram. A retração foi de 0,5% frente ao primeiro trimestre deste ano.
No cálculo do PIB, também são considerados os números referentes ao setor externo. As exportações, por exemplo, cresceram 0,4%, em ano de valorização do dólar sobre o real. Em compensação, as importações cresceram 4,5%.
“Nesse segundo trimestre, o comércio exterior teve contribuição negativa nesta base de comparação [contra o trimestre anterior]. É explicado também porque, na variação cambial, a gente teve apreciação. No primeiro trimestre estava mais valorizado o câmbio. E quando apreciam, as exportações tendem a ficar menos competitivas e as importações tendem a aumentar”, afirmou a gerente do IBGE.
Fonte:G1







