Conheci um jovem que agiu como gênio, com referência ao plano de saúde. Deixo de declinar seu nome, a seu pedido, porque poderá trazer consequências, já que no Brasil muita coisa ilícita é permitida e normalmente, o lícito é condenado.
João (nome fictício) com 23 anos de idade foi aprovado num concurso público, cuja empresa oferecia (forçado) o plano de saúde, cobrando uma pequena fortuna do trabalhador. Aos vinte e cinco anos casou-se e sua esposa logo engravidou. Procurando o hospital para o devido acompanhamento, descobriu que era discriminado, por causa do plano de saúde, mesmo considerado de ponta. Ele funcionário público e ela advogada tiveram a coragem (pouca gente chega a isso) de mover uma ação exigindo seu desligamento do plano. Depois de muita luta e reverses, receberam o veredicto aceitando seu pedido. Beirando já os trinta anos, iniciou o recolhimento do valor do plano numa conta poupança. Hoje, 56 anos, dois filhos, pagando em dinheiro todos os procedimentos médicos: consultas, exames, cirurgias, fisioterapia, psicólogo, etc.; acumulou uma quantia razoável na conta. Segundo o próprio, considerando os juros das aplicações, sua poupança, hoje, levando em conta somente os depósitos advindos do recolhimento referente ao plano, ultrapassa meio milhão de reais.
Caro leitor, imagine a FORTUNA no bolso dos proprietários de plano de saúde, incluindo a participação dos governos, Legislativo, Judiciários, estatais etc. Vê-se aí mais um assalto (programado) ao trabalhador assalariado, com a conivência da lei e do Governo.
Hoje, a diferença entre SUS/Plano de Saúde resume-se na maneira de extorquir. O plano de saúde atende mal e leva o dinheiro do assalariado (e outras categorias) e o SUS atende mal, usando o dinheiro do próprio povo.
Condeno sim, os dois, apesar de às vezes depender de ambos.
MAGOM – Contabilista, Administrador de Empresa e membro do Lions.