De ontem (1º) até o próximo domingo (7), durante a Semana da Pátria, a população brasileira poderá votar se é a favor ou não de uma constituinte exclusiva e soberana para reformar o sistema político brasileiro. Foi sobre esse tema que o progrma “A voz do Servidor” debateu com as presenças da secretaria operativa do Plebiscito do Vale do São Francisco, Juci Carvalho a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina (Sindsemp), Wildes Mariléia Araújo. O programa foi ao ar, no último sábado (30), pela Emissora Rural.
O plebiscito popular foi organizado por diversas entidades que objetivam aperfeiçoar as instituições políticas do país. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) apresenta números apontando que dos atuais 594 parlamentares (513 da Câmara e 81 do Senado), eleitos em 2010, 273 são empresários, 160 compõem a bancada ruralista, 66 são da bancada evangélica e apenas 91 se definem como representantes dos trabalhadores. Para Juci Carvalho, o congresso não representa o trabalhador brasileiro. “A insatisfaão surgiu devido ao conjuto de serviços que não nos atende e por não nos sentirmos representados no congresso, onde tem uma bancada de ruralista e e empresários é que estamos realizando esse Plebiscito Popular”, explicou.
As mulheres ocupam 9% dos mandatos na Câmara e 12% no Senado, apesar da recente implantação da cota de 30% de candidaturas para as mulheres. No item igualdade de gênero na política, o Brasil ocupa a 106ª posição entre 187 países. O desafio é ter um Congresso, casas legislativas, câmaras e um executivo que reflitam a sociedade brasileira em toda sua envergadura, ou seja, com a participação de mais mulheres, de negros e de negras, da população LGBT, entre outros.
De acordo com a presidente do Sindsemp, Wildes Marléia Araújo, o problema não está na política, mas no formato que ela tem. “É por isso que o plebiscito é tão importante, porque parte de uma inicitiva popular, o mesmo povo que foi para as ruas e agora tem a oportunidade de ir as urnas e reformar o formato da política brasileira”, pontuou.
A presidente destacou ainda que, o Sindsemp é a favor do plebiscito e participa do debate. “Não adianta só a gente reclamar das nossas pautas salarias se o sistema como um todo está corroído e precisa de uma melhoria, de um enxugamento, a gente sabe que no congresso existe uma correlação de forças, porque existe os poderes e os interesses. Então a gente elege um presidente, mas quando chega no congresso, está eleito um ruralista e não um representante da agricultura familiar, um empresário em detrimento a um trabalhador, um homem em detrimento ao número de mulheres eleitoras”, esclareceu.
A população pode comparecer na sede do Sindsemp, que fica localizada na rua Justina Freira, Vila Mocó, com um documento com foto, para votar no plebiscito popular.
“A Voz do Servidor” recebeu também a presença do diretor de Saúde do Trabalhador, Lucenildo Lima (Didi) para esclarecer aos servidores da saúde sobre a falta de pagamento. De acordo com ele, o pagamento da atenção básica de saúde depende de um repasse do Governo Federal. “ A partir do momento que é púbicado, tem dois dias úteis para ser passado aos servidores. Mas, infelizmente ainda não foi publicado. Eu peço a assessoria da prefeitura que ao publicar que os servidores já receberam seus pagamentos, expliquem que tem a exceção. Já que os servidores da saúde pelo terceiro mês consecutivo recebem pagamento alguns dias depois”, pediu.
“A Voz do Servidor” é um espaço oferecido pelo Sindsemp e é apresentado pelo diretor de Políticas Sindicais e Estatísticas do sindicato, Edson Santos. O programa vai ao ar todos os sábados, das 9h às 10h, através da Emissora Rural – A Voz do São Francisco. Para participar do programa envie e-mail para o endereço eletrônico:ascom@sindsemp.com
Ascom Sindsemp