A Polícia Civil tenta confirmar detalhes do depoimento de mais um policial militar sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo, na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. O PM, que era da UPP do bairro e estava de serviço na noite do sumiço, deu sua versão do crime na madrugada desta segunda-feira (14) no Ministério Público (MP), quanto incriminou mais cinco PMs, além dos dez que foram indiciados e presos. Mais policiais devem ser denunciados, segundo o procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira. A testemunha contou que recebeu a ordem do tenente Luís Felipe Medeiros, oficial da UPP, para que todos ficassem dentro de contêiner e de lá não saíssem. Segundo ele, logo que entraram, passaram a ouvir gritos de dor, agressões, barulhos de choques e ruídos de uma pessoa sendo asfixiada. A sessão de tortura teria durado 40 minutos. Após o silêncio, ele diz ter ouvido gritos de que algo teria dado errado. Logo depois, o PM disse que foi ouvida uma movimentação na mata atrás do comando da UPP, o que motivou as novas buscas na tarde desta segunda. O policial que fez as novas denúncias não teve a identidade revelada e está sob proteção.
BN