Depois de ouvir de Dilma Rousseff a informação de que qualquer decisão sobre a reforma ministerial só será tomada no final deste mês ou início de fevereiro, o PMDB decidiu dar uma trégua à presidente da República nas cobranças por mais espaço na Esplanada dos Ministérios. A partir de agora, vai aumentar a pressão para que o PT apoie o partido nas candidaturas aos governos do Rio de Janeiro, Ceará e Mato Grosso do Sul, retirando os nomes já apresentados. Na reunião de quarta-feira (15) à noite, no Palácio do Jaburu – residência oficial do vice-presidente Michel Temer -, o partido concluiu que Dilma de fato o considera um parceiro preferencial para o projeto da reeleição.
Afinal, em menos de 48 horas ela dedicou cinco horas de seu tempo para ouvir os dirigentes peemedebistas – duas horas e meia na segunda (13), quando disse que estava difícil encontrar mais um lugar no primeiro escalão para o PMDB, e duas horas e meia na tarde de quarta, quando disse a Temer e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que ainda não decidiu nada e deu novas esperanças ao partido de aumentar sua cota de ministérios. Por isso mesmo, de acordo com informações de peemedebistas que participaram da reunião no Jaburu, a conversa envolvendo a questão ministerial durou menos de quinze minutos. O restante do tempo foi tomado por relatos de líderes do PMDB do Rio de Janeiro, Ceará e Paraná sobre as relações ruins com o PT nesses Estados.
Agência Estado