A Petrobras informou nesta terça-feira (29) que os preços da gasolina e do diesel serão reajustados a partir de quarta-feira nas refinarias. O reajuste será de 6,6% para a gasolina A e de 5,4% para o diesel (média Brasil), segundo comunicado da empresa.
A correção vale a partir da zero hora desta quarta-feira (30).
“Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da Companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo”, afirmou a companhia em nota.
De acordo com a estatal, os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.
Último aumento
No fim de junho de 2012, a Petrobras anunciou um aumento do preço dos combustíveis cobrados nas refinarias. A gasolina teve aumento de 7,83%, e o diesel, de 3,94%, desde 25 de junho.
Entretanto, o Ministério da Fazenda isentou a comercialização destes combustíveis da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). “Dessa forma, os preços, com impostos, cobrados das distribuidoras e pagos pelos consumidores não terão aumento”, informou na ocasião.
Como a Cide já está zerada, um eventual novo reajuste seria necessariamente repassado para os preços ao consumidor.
Expectativas
A possibilidade de um novo reajuste no preço dos combustíveis vinha sendo cogitada desde pelo menos desde outubro do ano passado, quando a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que um aumento de combustíveis no Brasil é algo que ocorreria “certamente”.
“O aumento de combustíveis certamente virá. Quando? Não tem data, é importante dizer”, afirmou ela. Graça ressaltou, naquele momento, que o aumento não ocorreria no curto prazo.
“Não há previsão para aumento de combustíveis. Se você olha o longo prazo, médio prazo, eu diria que sim [que haverá alta]. Mas quando você olha o curto prazo, não há previsão para aumento de combustível no país”, declarou a presidente da Petrobras na ocasião.
O Banco Central também informou, por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na última quarta-feira (24), que espera um reajuste de 5% no preço da gasolina neste ano.
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique da Silveira, havia dito, em janeiro, que a defasagem no valor da gasolina no Brasil em relação ao internacional é de cerca de 7% e que um reajuste no preço do combustível neste patamar seria “plausível”.
Informações de G1