Em tempos de médicos sendo afastados após debocharem da linguagem de pacientes, bem como da popularização no uso das redes sociais, a discussão sobre o preconceito linguístico no país é urgente e atual. Para um debate aprofundado sobre as implicações desta problemática na autoestima do brasileiro e na formação de sua identidade, o linguista Marcos Bagno estará em Petrolina em 27 de outubro, em palestra e noite de autógrafos no auditório do Centro Cultural Dom Bosco.
Autor de quase 30 títulos e entre eles, o livro “Preconceito linguístico: o que é, como se faz (Ed. Loyola)”, lançado em 1999 e já em sua 52ª edição, Bagno tem se dedicado a desconstruir a expressão “norma culta”. Para ele, existe uma relação direta entre língua e poder na sociedade brasileira e é preciso propor novos termos e conceitos para uma análise mais precisa da realidade sociolinguística do Brasil.
Na área de linguística, seus estudos também se concentram nas questões relativas à crítica do ensino do português nos moldes tradicionais. Segundo o autor, esse modelo está baseado exclusivamente em noções “pouco consistentes” da gramática normativa e “impregnados de preconceitos sociais”. “Uma receita de bolo não é um bolo, o molde de um vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o mundo. Também a gramática não é a língua”, diz Bagno.
O evento, realizado pela Criatur com apoio da Prefeitura de Petrolina e FACAPE, começará às 19h e a entrada custa R$ 30 para estudantes e professores e R$ 60 para o público em geral. Para mais informações, acesse www.facebook.com/criaturismo ou ligue (87) 9 8809 7201 ou 9 8875 8981.






