Um prédio de 24 andares pegou fogo e desabou na região do Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira (1º). O local era uma ocupação irregular, e moradores afirmam que o fogo começou por volta da 1h30 no 5º andar e se espalhou rapidamente pela estrutura.
Imagens do cinegrafista Abiatar Arruda mostram que os bombeiros tentavam resgatar um morador na hora que o prédio desabou (veja vídeo acima). Pela manhã, a corda e o cinto usados pela vítima foram achados nos escombros.
Desabamento
O coronel Max Mena, do Corpo de Bombeiros, afirmou que o homem que caiu quando o prédio desabou já estava com equipamento de segurança para ser resgatado.
Ainda na madrugada, ele chegou a ser considerado morto, mas pela manhã os bombeiros esclareceram que fariam buscas. No meio da manhã, a corda e o cinto usados para resgatar a vítima foram encontrados nos escombros.
“A experiência diz que não é fácil encontrar alguém com vida”, comentou o capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros em São Paulo.
Os bombeiros chegaram a dizer que havia possibilidade de outras três pessoas estarem desaparecidas, mas ainda não foi divulgado um balanço oficial.
Moradores
Os moradores do prédio fora surpreendidos na madrugada com o fogo se espalhando pelo prédio e precisaram sair correndo do local. Eles relataram momentos de pânico.
Uma moradora que preferiu não se identificar afirmou que viu umas 10 pessoas subindo as escadas em vez de descer, pois achavam que o resgate iria ocorrer pelo alto.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que o trabalho para a remoção total dos escombros deve durar uma semana. Segundo ele, estavam inscritas na Secretaria de Habitação 150 famílias – 25% estrangeiras – que se identificavam como moradoras do edifício.
Michel Temer esteve no local do incêndio no meio da manhã e foi hostilizado por pessoas que acompanhavam os trabalhos de resgate. Ao falar brevemente com a imprensa, o presidente descreveu a situação como “dramática”.
Buscas
Já de manhã, os bombeiros trabalhavam para combater os últimos focos de incêndio e cães farejadores faziam buscas por possíveis vítimas nos escombros. No início da tarde, eram 130 homens com 40 viaturas, segundo o Corpo de Bombeiros.
A corporação afirmou que a busca era feita removendo partes menores de escombros com as mãos por causa da possibilidade de haver vítimas.
Segundo o tenente André Elias, o segundo prédio atingido pelo fogo não corre risco de desabamento, e todos os moradores já foram retirados do local.
G1






