O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, recusou-se a promulgar uma lei aprovada pelo Parlamento do país para criminalizar os homossexuais e pediu aos deputados que revisem o projeto, informou nesta sexta-feira (17) a imprensa local, mas os termos usados por ele para se referir aos gays causou revolta entre ativistas. Em carta enviada ao presidente do Parlamento ugandense para justificar sua decisão, Museveni alegou que “pessoas anormais” não precisam ser encarceradas ou mortas.
Segundo ele, os homossexuais do país precisam de “reabilitação econômica”. No texto, Museveni atribui o homossexualismo em parte à “procriação desordenada” das sociedades ocidentais. Em outros casos, prossegue ele, homens tornam-se gays por “motivo de dinheiro” e mulheres “viram lésbicas por falta de sexo com homens”. Os detalhes da carta, publicados pelo jornal local Daily Monitor e confirmados por uma porta-voz da presidência, provocaram revolta entre os defensores dos direitos dos homossexuais.
A caracterização dos homossexuais pelo presidente “gera ainda mais ódio” em um país onde a discriminação aos gays já é exacerbada, declarou o ativista Frank Mugisha. Para ele, “não há motivo para comemorar” o fato de Museveni não ter promulgado a lei, aprovada pelo Parlamento no fim do ano passado.
As informações são da Associated Press.