Um dos alvos da operação Romani, da Polícia Civil, o vereador de Petrolina, Gaturiano Cigano (União Brasil), foi, segundo o delegado Marceone Ferreira, encaminhado para o presídio Doutor Edivaldo Gomes. Além do parlamentar, o assessor e um parente do vereador, também foram levados para o presídio.
“Os investigados que não são policiais militares, já foram recolhidos ao presídio de Petrolina, Edvaldo Gomes, e os policias militares estão custodiados pela Polícia Militar, no batalhão em Petrolina. Todos passarão pela audiência de custódia amanhã [terça-feira] e, após isso, ficarão à disposição da justiça”
Gaturiano Cigano e os demais presos podem responder, segundo o delegado, por três tentativas de homicídio, porte ilegal, organização criminosa e receptação. “São os principais crimes que eles devem responder ao término das investigações.
O delegado explicou que as prisões realizadas nesta segunda-feira são temporárias inicialmente de 30 dias, e após isso, a investigação vai verificar a necessidade de prorrogar essa prisão ou de um eventual pedido de conversão em preventiva, ao poder judiciário.
O CASO: O vereador de Petrolina, Gaturiano Cigano (União Brasil), voltou a ser preso nesta segunda-feira (5). O parlamentar é um dos alvos da operação Romani, da Polícia Civil de Pernambuco. Os policias cumpriram seis mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão. Os pedidos foram expedidos pelo juiz da Vara Única da Comarca de Mirandiba.
“Operação bastante exitosa, resultou no cumprimento efetivo de cinco prisões hoje, apreensão de duas armas de fogo. Isso foi uma resposta que a Polícia Civil deu em decorrência da ação dessa organização, em uma tentativa de homicídio que ocorreu na cidade de Mirandiba, em fevereiro deste ano”, explicou o delegado Marceone Ferreira, durante coletiva de imprensa.
Segundo delegado, as investigações apontam que todos os presos participaram da ação criminosa em Mirandiba.
“Os elementos, fortemente armados, tentaram contra a vida de um desafeto deles, na cidade de Mirandiba. Não obtiveram êxito pois a vítima correu para a delegacia e houve troca de tiros entre os investigados e os policiais civis que estavam na delegacia”.
OUTRAS PRISÕES: A Operação Romani foi iniciada em fevereiro deste ano, para combater crimes de tentativa de homicídio, dano qualificado, receptação dolosa e crimes previstos no estatuto do desarmamento, na cidade de Mirandiba.
Gaturiano Cigano já havia sido preso em fevereiro, durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A PRF encontrou várias armas no carro dirigido pelo vereador. Na mesma época, o vereador foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF). O parlamentar chegou a ficar 50 dias preso no Presídio de Petrolina, a pedido do Ministério Público Federal e da PF.
A defesa do vereador se manifestou através de nota. Confira a íntegra do texto a seguir:
“Em relação à prisão do Sr. Gaturiano Pires da Silva, relativa a processo corrente na Comarca de Mirandiba/PE, vem sua defesa esclarecer:
1. Até o corrente momento, embora solicitado formalmente na manhã de hoje (05/09/2022), o juízo daquela Comarca ainda não concedeu acesso aos autos processuais onde fora determinada sua prisão;
2. O mandado trata de ordem de prisão temporária, pelo período de 30 (trinta) dias. Visto que o mandado de prisão temporária é instrumento hábil a possibilitar às forças de investigação a que sejam coletados elementos que possam corroborar elementos indiciários relativos à prática de crime, causa estranheza à defesa, repise-se: ainda sem acesso aos autos, que apenas 7(sete) meses após a suposta ocorrência de fato criminoso atribuído ao Sr. Gaturiano Pires, embora contando com perícia que atesta que as armas de sua propriedade, apreendidas na ocasião dos fatos, não foram utilizadas no crime, possuindo endereço certo e de fácil localização, sem que este tenha sido convocado uma única vez a prestar esclarecimentos no competente inquérito, seja surpreendido com mandado de prisão extemporâneo.
Nada obstante, com o máximo acatamento à decisão judicial exarada, aguardará a análise dos autos para manifestar-se processual e publicamente”.
A Câmara de Vereadores de Petrolina também se manifestou através de nota.
“Vimos através da presente informar que a Câmara Municipal de Petrolina tomou conhecimento na manhã desta segunda-feira (05), através da imprensa, por Nota Emitida pela Polícia Civil do Estado de Pernambuco, sobre a operação ROMANI que cumpriu mandados de prisão na cidade de Petrolina-PE, e que entre eles estariam um Vereador e dois Assessores desta Câmara.
Cumpre ressaltar que não fomos notificados oficialmente sobre os fatos e nomes, sendo que, através do noticiado de forma preliminar, não há assessores parlamentares vinculados ao nosso quadro de servidores associados a essa prisão.
Diante disso, esta Câmara Municipal reafirma que seguirá os ditames da Lei Orgânica e do Regimento Interno”.
G1 Petrolina