Seis dos sete presos na 11ª fase da Operação Lava-Jato fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), em Curitiba, neste sábado. Eles chegaram ao prédio em uma van, escoltados por policiais federais, por volta das 8h. Os exames duraram menos de duas horas e os presos retornaram para a carceragem da Polícia Federal. Apenas o ex-deputado Pedro Corrêa, que cumpre prisão em regime semiaberto em Pernambuco, não fez o exame porque ele ainda não chegou a Curitiba. O juiz Sérgio Moro já pediu sua transferência.
A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira a 11ª fase da Operação Lava-Jato. Três ex-deputados foram presos preventivamente: André Vargas (sem partido), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), que cumpre regime semiaberto por ter sido condenado no mensalão. Foram detidos provisoriamente: a secretária de Argôlo, Hélia Santos da Hora, Ivan Mernon da Silva Torres, Leon Vargas (irmão de André Vargas) e Ricardo Hoffman, diretor de uma agência de publicidade.
Eles são suspeitos de participar de esquema de desvio de dinheiro em contratos de publicidade com o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal. A operação foi batizada de “Origem”, por ter se voltado ao Paraná, estado de Vargas e onde as investigações da Lava-Jato começaram.
Após a prisão de Luiz Argôlo (SD-BA), o Solidariedade informou que afastou o deputado de qualquer função no partido e abriu um processo de expulsão.
Detidos desde o dia 27 de março, também foram encaminhados para exame de corpo de delito Dario Queiroz Galvão Filho, apontado pela PF como sócio da Galvão Engenharia, e Guilherme Esteves de Jesus, operador do esquema de desvios na Petrobras, de acordo com a polícia.
O advogado João Gomes Filho disse à TV Globo que está preparando pedidos de habeas corpus ao ex-deputado André Vargas e seu irmão Leon Vargas. O advogado Clóvis Correa informou que vai sugerir ao ex-deputado Pedro Corrêa que contribua com a Justiça e aceite a delação premiada.
Fonte: Correio da Bahia