Os professores da Universidade Federal do São Francisco paralisaram mais uma vez as atividades durante esta quarta-feira (11). Alunos dos campi de Juazeiro (BA), Petrolina (PE), Senhor do Bonfim (BA) e São Raimundo Nonato (PI) ficaram sem aula, já que a paralisação foi aderida por 100% dos professores.
Os docentes reivindicam a recomposição salarial, considerando uma defasagem de mais de 40%, e a definição de uma nova estrutura para a carreira dos docentes das instituições federais de ensino superior. De acordo com o professor e membro do SindUnivasf, Nilton Almeida, “desde agosto de 2011 estamos esperando um posicionamento do Governo em relação à proposta de reajuste salarial e do plano de carreira dos docentes. O valor oferecido pelo Ministério da Educação foi de 4% – muito abaixo do que solicitamos. E, ainda assim, não foi cumprido, já que deveria ter começado a ser pago em março”.
Nos próximos dias 19 e 25 de abril os professores paralisarão novamente as atividades para pressionar o Governo a entrar em acordo, como esclarece o professor Nilton. “Essa mobilização não é apenas dos professores, mas sim, de todos os funcionários públicos. Iremos paralisar novamente mais duas vezes ainda este mês e, caso não ocorra negociação até o dia 25, entraremos em greve”, explica.
A aluna e presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sarah Fonseca, presente na reunião, apresenta a importância de os alunos participarem desse tipo de debate. “Estamos acompanhando as discussões para ter esclarecimento e posicionamento diante do que está acontecendo e que envolve diretamente os alunos desta instituição. O DCE tem repassado os resultados da discussão para os alunos e estes, de modo geral, têm sido solidários às paralisações. No caso de greve, apoiaremos a ação, já que a boa condição de trabalho para o professor reflete em qualidade de ensino para os alunos”.
A manifestação durou todo o dia de ontem, quando os manifestantes se mobilizaram na Praça da Catedral de Petrolina. A paralisação do dia 25 de abril será não apenas no setor de educação. Outros órgãos federais deverão participar da mobilização.
Por Laiza Campos